sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Ofensiva para derrubar Maduro ?


                              

         O presidente Jair Bolsonaro fará ofensiva no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nessa próxima semana, com vistas a criar condições para a legitimação de um governo de transição na Venezuela.
            Nesse sentido, a estratégia do Brasil de liderar abertamente movimento internacional pela queda do regime podre de Nicolás Maduro foi discutida, tanto pelo presidente, quanto pelo seu ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, em reuniões no Palácio do Planalto e no Itamaraty, com a participação de opositores venezuelanos e representantes da OEA.
             Ao delinear a eventual estratégia, Bolsonaro rejeitou de plano pedidos de sanções econômicas, intervenção militar e instalação de governo paralelo no território nacional.
             Nesse sentido, o Itamaraty, em nota divulgada à noite, declarou que deve apoiar Juan Guaidó, o presidente da genuína Assembleia Nacional, e seu governo interino, na sua qualidade de presidente da A.N.
               Assim se expressa o comunicado pertinente: "A reunião teve por objetivo analisar a situação da Venezuela decorrente da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da manifestação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de sua disposição para assumir a presidência da Venezuela, interinamente,  segundo a Constituição venezuelana.".
                 Na reunião, o presidente Bolsonaro aproveitou a oportunidade para atacar os antecessores. "Tudo nós faremos para que a democracia seja restabelecida, que vocês possam viver em liberdade", afirmou ele. 

                   A seguir, acrescentou: "Nós nos sentimos de uma maneira bastante constrangida. Sabemos como esse desgoverno chegou ao poder, inclusive com a ajuda de presidentes que o Brasil já teve, como Lula e Dilma, e isso nos torna responsáveis pela situação de vocês em parte."

                     Auxiliares de Bolsonaro relataram que o presidente timbrou em ressaltar que a "força" que tem dado ao movimento contra Maduro é de caráter humanitário. " "Nosso objetivo dar apoio político, porque estamos preocupados com a população venezuelana", assinalou o presidente, segundo assessores. "Estamos juntos nessa causa."
                       Na citada reunião, Miguel Angel Martín, presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, no exílio,  disse a Bolsonaro que as manifestações do brasileiro eram "palavras de esperança" pelo restabelecimento da democracia no país. Por sua vez,o assessor da OEA, Gustavo Cinosi, afirmou que Bolsonaro expressou com "contundência" seu apoio para 'acabar' o sofrimento do Povo venezuelano.
                       No fim do dia, em vídeo gravado ao lado de Martin e Cinosi, o presidente Bolsonaro disse que fará de "tudo" para restabelecer a democracia na Venezuela. Bolsonaro e sua equipe definiram que a melhor estratégia é buscar parceiros na América do Sul com discurso sintonizado contra a Venezuela.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )  

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