Conforme era amplamente
esperado, o Parlamento britânico rejeitou, na mais fragorosa derrota para um
gabinete em tempos modernos, por 432 votos contra, 202 a favor, impondo à
desmoralizada Theresa May derrota para não esquecer, eis que é a pior de
todas para um ministério.
O líder da Oposição, Jeremy Corbyn (trabalhista) já
protocolou moção de desconfiança, em Parlamento dividido entre a
saída do bloco europeu e a realização de novo referendo do Brexit.
Corbyn, por conta de posições
passadas, é uma caixa de ambiguidades, e, em consequência, a sua falta de
convicção, tanto no retorno para a U.E., quanto na realização de novo referendo
(Brexit), não aponta por ora um
caminho crível.
Tanto o ingente, beirando o estúpido,
erro do antecessor da May, no caso David
Cameron, foi relembrado na patética (e derradeira) saída de Downing Street 10,
de um primeiro Ministro na beira da renúncia, a que o levou a própria grossa
incompetência. De certo, não é agradável rever-lhe o momento da lancinante
verdade, em que um Cameron, com as flácidas faces banhadas de suor, balbucia a confirmação
do próprio erro, assumido como "compromisso de campanha", e , com
estugado passo, se apressa em refugiar-se por detrás da porta famosa, de que a garrafal,
e impiedosa falha de avaliação acaba de varre-lo do poder, ao confirmar-lhe a
patética mediocridade, aplicada por referendo que não carecia ter ocorrido, e
que ora o condena aos porões da História, ao infligir-lhe inglória, ridícula mesmo, derrota no referendo
de um verão para não ser jamais esquecido...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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