Michael
Cohen, o advogado de Donald Trump,
admitiu ontem que pagou para manipular pesquisas de opinião on-line, para
beneficiar o seu maior cliente, o então
candidato presidencial Donald Trump.
Nesses termos, Cohen confirmu a informação publicada pelo Wall Street Journal de que o pagamento de US$ 12 mil fosse feito a John Gauger,
diretor da RedFinch Solutions, uma empresa de tecnologia, para que ele inchasse
os votos de Trump em sondagens da emissora CNBC e do site do blog Drudge
Report, que é popular no eleitorado de
direita.
A
ideia de tais pagamentos estava em que a empresa em questão criasse uma rotina
de computador para "votar" repetidamente em Trump em duas
"pesquisas".
No entanto, as tentativas de distorcer o
resultado acabaram não dando certo - Trump apareceu mal-colocada em ambas as
"pesquisas".
Sem embargo, tal manobra desvela as "táticas" de campanha de
Trump e qual foi o real papel de Cohen. É de notar que durante a campanha Trump
fez referências frequentes a seu "desempenho" em pesquisa de opinião,
com vistas a impulsionar a sua candidatura.
"O que eu fiz foi sob comando e em único benefício de Donald Trump.
Eu realmente me arrependi de minha lealdade cega a um homem que não merece
isso", tuitou o ex-advogado do presidente estadunidense.
Cohen, na verdade, à época era braço direito do magnata nas
Organizações Trump, em New York,
confessou, em 2018, de ser culpado de violar leis de financiamento de
campanha. Sem embargo, Cohen envolveu Trump nesse crime e observou que o então
candidato ordenou o pagamento para silenciar duas mulheres - a atriz pornô
Stormy Daniels e a modelo Karen McDougal
- que supostamente tiveram casos
extra-conjugais com ele (prostituição é crime nos USA). Ainda pela lei
americana, pagamento feito tão perto da votação deveria constar como dinheiro
de campanha, mas a soma em tela nunca
foi declarada.
O interessante nisso tudo é que o ex-advogado de Trump, de 52 anos, foi
condenado a três anos de prisão, por haver feito os pagamentos (prostituição é
crime na terra de Tio Sam), e também por mentir ao Congresso americano, sobre o
projeto de uma Trump Tower na Rússia.
Sem embargo, a prisão do
ex-advogado Cohen foi adiada, enquanto ele continuar a colaborar com a Justiça
Americana, como no caso da suspeita de conluio entre a campanha de Trump e as
estripulias de gospodin Putin, em termos de hacking e de espionagem no
Diretório Democrata, ao ensejo da eleição de 2016.
(Fonte: O
Estado de S. Paulo)
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