O
general Vladimir Padrino López - é o segundo Vladimir que apóia o podre regime da Venezuela, empós do 'amigo' Putin - ora vem a público, na companhia de todos
os altos 'mandos' a que tem direito,
para reiterar a força que empresta ao cambaleante regime chavista de Nicolás
Maduro.
Resplendem as condecorações, nas fardas com muitas medalhas - e é triste,
melancólico e, sobretudo, imenso retrocesso para um país que, não fora o
corrupto regime chavista, estaria nadando em dólares, pelos imensos depósitos de petróleo que é
considerado dos mais preciosos do
mundo, mas que a profunda incompetência do sucessor Maduro tem obrigado
inclusive a vender veios valiosos a compradores oportunistas como Vladimir V.
Putin.
Ao ver a fotografia na Folha do "brass" (alto comando)
perfilado e sintonizado no discurso do híper-comandante e Ministro da Defesa
Padrino López, pensei nas centenas de manifestantes que juncam as ruas porque
defendem a democracia, e por isso se aferram ao ramo de oliveira que agita Juan Guaidó, este que se veste em jovem coragem, e, em meio à tragédia venezuelana,
ousa gritar que o rei está nu.
Ali,
no antigo berço do libertador Bolívar, estarão, em meio a fome, desespero e doença,
as multidões de desesperados, que vêem aqueles em que acreditam, como Francisco
López, enfurnados nas próprias casas, hoje transformadas em prisões
domiciliares, e não será por mero acaso que hajam saído da circulação
política.
A crise venezuelana mudou-se, em aparência, para o Conselho de
Segurança, mas os "defensores" do regime chavista, já comparecem
naquele augusto areópago mundial para defender causa que, em verdade, não é a deles. Ali não vejo nenhum dos
populares que ousam pisar as perigosas avenidas de Caracas - aonde pululam os
alcaguetes e os ditos atiradores de "elite", encarregados de matar
tanto pobres anônimos, quanto a gente corajosa que enfrenta a coalizão maldita das
fardas luzentes e das ávidas mãos da insaciável ganância dos próximos de todos
os poderes.
E, não obstante, nesse asfalto quente do
subdesenvolvimento que vai rumo à miséria, está uma das razões do fracasso do chavismo e
da própria inútil tragédia, cujos cartazes anunciam - e de novo juntos! - a velha corrupção e sua
eterna ajudante, a incompetência, de volta aos lúridos cartazes, a anunciarem o
inglório feito de produzir esse coquetel maldito que submete um país
antes afluente, a que torna capaz de
afogar-se no petróleo que é a sua maior riqueza.
O povo
ri - quando deveria chorar - das notas de bolívares espalhadas pelo asfalto. A
sua desvalorização vai a tal nadir - e é
a indelével marca registrada da corrupta incompetência do regime de Maduro -
que nem aos pobres aproveita colher do chão essas inúteis cédulas que o maquinal
frenesi da hiper-inflação leva as impressoras do regime a produzirem...
E não é que as coisas saíram tanto de lugar que levam o Kremlin a acreditar possa ser esta a hora de fazer exigências, e
de se apresentar como se fora credor de boa fé da barca sem timoneiro do regime
neo-chavista que voga ao léu, em uma América Latina dividida.
(
Fonte: O Globo. Folha de S. Paulo )
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