Continua
a trajetória crescente da Dívida Pública Federal (DPF), que inclui a dívida
interna e a externa. Ela atingiu no final de 2018 R$ 3,877 trilhões, com 8,9%
mais, em termos nominais do que em dezembro de 2017 (quando era de R$ 3,559
trilhões). Já em dezembro de 2018 ela representa 56,4% do Produto Interno Bruto
(PIB).
Incluindo o endividamento de Estados e municípios, a divida bruta
alcançou 77,3% do PIB e, com base na
previsão de que a economia nacional tenha crescimento de 2,5% em 2019, com
inflação média de 3,9%, a projeção é de que deverá atingir 78,2% do PIB em
dezembro de 2019, chegando ao pico de 80,6% do PIB em 2022, se medidas
corretivas não forem tomadas.
O
Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,observa que, pela metodologia
adotada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que contabiliza os títulos em
carteira do Banco Central (BC), a dívida bruta ultrapassa 80% do PIB. Daí a necessidade urgente de aprovar
reformas estruturais, entre elas a da Previdência Social, para controlar o
endividamento.
Outros dados reforçam a necessidade de criar meios para tornar mais
sustentável a gestão da DPF. O endividamento é muito concentrado.A parcela a
vencer em doze meses tem evoluído, mas caíu muito pouco de novembro (16,37% do
total) para dezembro (16,32%). Quanto
ao prazo médio da DPF, foi de 4,19 anos em novembro e de 4,11 anos em dezembro.
Ao fim de dezembro de 2017, esse indicador estava em 4,26 anos.
Estados e municípios em situação financeira crítica vem pleiteando
socorro da União. Como evoluirão as negociações em curso é uma questão em
aberto, mas a suspensão de pagamentos ao Tesouro já configura um impacto de R$
166,7 bilhões sobre a DPF entre 2016 e 2022.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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