Pelo
que evidenciou até o presente, somente
um ardoroso partidário dos velhos conservadores apoiaria cegamente as propostas
da Primeiro Ministro Theresa May.
Esse caráter passional terá de ser bastante forte, para levar o
indigitado deputado a sequer ousar considerar qualquer falha ou inabilidade da May..
A
May está empenhada em restaurar a chamada soberania inglesa. Talvez ela, com o
intelecto que Deus lhe deu, pense possível que nos correntes dias o Reino Unido
não vá sofrer da grande angústia que martirizava expoentes políticos cujo
brilho e perspicácia não tinha qualquer
semelhança, afortunados que eram, com as faculdades mentais e culturais da
atual líder inglesa. Essa plêiade de líderes - não só os conservadores, senão
os do Labour - sentiam, com
preocupação crescente das próprias alertas e muito bem informadas inteligências
que captavam o desafio para a então Inglaterra de se deixar enlanguescer com os reduzidos, circunscritos, pobres mesmo
recursos, que os países membros da Liga alternativa lhe poderiam oferecer, com uma tal diferença de oferta e
oportunidade que a grande potência do século XIX não mais teria condições de
competir com os países continentais no comércio e na indústria do futuro.
Basta deparar a expressão e as opiniões da May para que se sinta quantos
atributos e outros elementos culturais a que ela não pode mais ambicionar, e
que a tornam uma potencial admiradora de indivíduos como Donald Trump, com quem
em questão de minutos consentira em formar patética aliança entre a própria
cândida ignorância e as truculentas, musculares posturas do atual 45º
presidente americano, em personalidade que rejeita a Merckel - que lhe fizera a
fineza de visitar na Casa Branca e a quem, no seu jeito habitual até fingiu dela
não tomar conhecimento - enquanto sai de um jardim com romântico caramanchão, dando
his pudgy, awkward hands para uma natural admiradora, viz. a May...
Mas se os antecedentes são mais do que relevantes para que bem
conheçamos com quem se lida, e o que esperar de tipos da intelectualidade de um
Trump, não é demasiado estranhar que nos entreguemos, como cordeiros, para a inteligência
da Senhora May, que quer porque quer refutar a grande escolha de antecessores
de inteligência superior, e que agora, no século errado, ela se aferra a esse
patético brexit, esse pobre
camundongo que já rugiu por demais, e que com parcela tão pobre em termos
percentuais dos súditos de sua Majestade, ela quer porque quer afirmar um
título - o de haver retirado a Inglaterra do Continente - e a condená-la por
conseguinte aos dúbios e parcos ganhos da insularidade, que ela pensa deixar
aos pósteros como uma conquista sua, quando bem eles possam ver com espécie de
maldição, que já se entrevê nos inúteis gastos com taxas aduaneiras para os
nossos produtos, a que legamos as benesses das alfândegas continentais, com as
suas taxas, e o seu infinito, tentacular red
tape... Tudo isso, mrs. May há de perpetuar-lhe o nome, mas não exatamente
na maneira em que ainda pensa ser possível, como se trazendo a riqueza e o
progresso para essa velha ilha... Muitos anos cuidando do interior, terá talvez
a feito pensar que o red tape, a infame burocracia consular seja, quem sabe?, a
avenida do futuro, para nós, ingleses de
sua Majestade, que amamos nossa ilha, e o que chamamos de brancos Penhascos...
Pergunto porque tanto temem ao
povo inglês. É certo que o referendo anterior,
que Sir Cameron ousara convocar, acabou mal, pois deu dos súditos de Sua Majestade a
impressão errônea, visto que não se pode confiar o futuro a uma minoria, como
foi o caso do Brexit. Daí a revolta de
muitos que desejaram e que ainda desejam ser ouvidos em um real, vívido,
pulsante, abrangente plebiscito em que o pensamento do Povo de Sua Majestade se
possa expressar de forma ampla e experiente.
Desfazer o erro de Sir David Cameron representa uma oportunidade única.
Ao invés de red tape e uma infinidade
de outras barreiras, unamos uma vez mais as possibilidades de nossos países,
enquanto abramos os braços para as viagens e as experiências dos jovens, para
que o Continente reveja a nova proposta de um Gabinete que não teme o futuro,
mas que tem presentes os anseios e os sonhos de um passado que os nossos maiores - pois evito a palavra
antepassado que traria um traço de dúvida e de incerteza - quando ao contrário eles representam e
representaram tudo o que aceita o progresso e o avanço em todos os campos, com
a única exceção de desejarem limitar o amplexo pegajoso do red tape, da burocracia alfandegária a rir a bandeiras despregadas
diante da visão preconceituosa que um punhado de representantes ainda pensa
possível substituir ao progresso e à visão radiosa de nossos maiores !
Fontes: visão de Theresa May e Donald Trump; de David Cameron, atravessando depressa os salões de Bruxelas
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