Assim como os Scyllas e
Charibdis da mitologia prefiguram os temíveis Penhascos, Rochedos e Redemoinhos
na Antiguidade clássica, o brexit
representa, perante a torpeza e a incapacidade da Primeira Ministra Theresa
May, aqueles terriveis óbices no prosaico momento atual que esperam, com
olímpica certeza, quão breve a frágil barcaça da inglesa há de encontrar o predestinado fim.
Aos incapazes e incompetentes, Zeus
lança soturno olhar, diante da cercania do respectivo destino. Enleada nos fios
traiçoeiros da desmedida ambição, que sequer se cura dos obstáculos e das
armadilhas que lhes cria a própria congênita incapacidade, a May quebra, dentre
muitas, a regra de ouro, que é a de menosprezar as suas fundas limitações.
Cega pela própria desmedida e
tresloucada ambição, a May não mais tem em conta a extensão dos seus passos, e
o quanto eles a levam para adverso destino, que a contrario modo constituem estranha lição, que para moucos ouvidos
lhe ministram as próprias limitações, e o quanto lhe há de custar - e ao
próprio Povo inglês - a ignara, estúpida infatuação com meta tão inatingível
quanto contrária aos profundos interesses da sua gente.
Ver a face hoje deformada da antiga
Secretária do Interior, o perfil trágico da May é o retrato das cruéis marcas
que os deuses se comprazem em cinzelar nos rostos de quem os afronta, ao
desdenhar-lhes os avisos e ao investir, como se nada fora, com o passo lesto
dos estouvados, que pensam, os tolos, acercar-se, impudentes e imprudentes, tão
ignavos quanto ignaros de o que lhes reserva o salto tresloucado como se o Povo
inglês possa imitar o mergulho demencial e suicida no abismo submarino do
eterno tuffattore nas tirrhenas marinhas profundezas.
Se a ignorância perante o bom conselho dos
prógonos só se professa à custa da perda da própria condição, e que por isso o
mínimo bom senso aconselha que se tenham presentes, não as asnices de Sir David Cameron, nem tampouco o opaco
olhar de quem se depara com adverso destino, e o que é ainda pior, eis que
finge não divisá-lo, como a sua tonta discípula May, deixemô-la prosseguir,
para que sozinha caia nas fauces do perverso brexit, pois se tanto mal promete, é mais do que
hora que ela vá sozinha afrontar Sorte que terá pensado, a ambiciosa demente, capaz de atrair ao Povo Inglês!
(Fonte: a mitologia, que deve ser
administrada nos casos extremos, como o presente.)
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