Diante
do governo Maduro paralisado, milhares de venezuelanos acudiram à convocação de Juan Guaidó, em prol
de seu governo e contra Nicolás Maduro, assim como para exigir novas eleições e
a favor da entrada de ajuda humanitária na Venezuela.
O
líder opositor tornou a defender que os
"militares se rebelem contra Maduro e não mais persigam a população
civil".
Entre as opções estudadas pelos Estados Unidos para enfrentar o colapso
da economia na Venezuela está a abertura de um corredor humanitário
para
o envio da ajuda internacional. A esse propósito, Washington disse ter prontos
US$ 20 milhões para enviar em alimentos e remédios.
Por sua vez, o chavismo considera a criação de um "corredor
humanitário" uma porta de entrada para forças estrangeiras interessadas em
intervenção militar.
A
ideia de abrir um canal humanitário foi respaldada pela Assembleia Nacional da
Venezuela, em que a oposição tem maioria. A mesma ideia foi abraçada por
catorze países que integram o Grupo de Lima.
Ontem, Donald Trump telefonou a
Guaidó para dar-lhe os parabéns por "sua posse histórica" e reiterar
o apoio à oposição na Venezuela.
Por sua vez, Nicolás Maduro, em entrevista à agência de notícias russa Novosti, declarou: "não aceitamos
ultimatos de ninguém, não aceitamos a chantagem. As eleições presidenciais já
ocorreram na Venezuela e, se os imperialistas querem novas eleições, que
esperem até 2025".
Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Portugal deram a
Maduro um prazo de oito dias, no sábado passado, para convocar eleições. Caso
contrário esses países devem reconhecer a Juan Guaidó como presidente da
Venezuela, para que organize novas eleições.
A 30 de janeiro, o Parlamento Europeu discutiu e aprovou o
reconhecimento interino da Venezuela, e deve anunciar hoje o apoio a Guaidó.
Dessarte, o líder do Parlamento, Antonio Tajani, declarou que Guaidó é o
"único interlocutor do Parlamento Europeu".
México e Uruguai, que se descrevem como "países neutros" na
questão da Venezuela, convocaram ontem uma "conferência internacional de
diálogo", com representantes dos principais países e organismos
internacionais. A conferência foi marcada para o dia sete, em Montevidéu, e os
organizadores afirmaram que esperam
contar com a presença de pelo menos dez países.
As perspectivas dessa conferência, dada a falta de apoio à Venezuela de
Maduro, não parecem das mais
promissoras. Comparecerão países como Nicarágua, hoje submetida à ditadura dos
Somoza, e a Bolívia, também isolada, sob o próprio líder Evo Morales.
A ofensiva de Guaidó
continuará no fim de semana, com outra manifestação no sábado, data
aniversária dos vinte anos da "revolução bolivariana", de Hugo
Chávez.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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