sábado, 26 de janeiro de 2019

Pelosi ganha, Trump perde


                    
       Acostumado a ter um Legislativo dócil, o presidente Donald Trump  acabou tropeçando feio, no seu embate com a experiente Madam Speaker da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.

         Depois da longa série de bonecos republicanos sentados na presidência da Câmara, foi uma senhora experiência (sem trocadilho) para Mr Trump que, depois da inútil batalha de desejar empurrar goela abaixo do Legislativo o dinheiro para a construção do muro, teve de contentar-se em fazer a vontade de Madam Speaker, dada a lição prática que recebera em querer aplicar seus "anti-métodos" de negociação para cima de alguém, que já viu passarem muitos falastrões diante dela, os quais aprenderiam válidas lições do respeito devido à uma calejada e determinada adversária.

        O mais longo fechamento do governo de Tio Sam findaria com uma prática lição para Mr Trump. As suas fanfarronices acabaram caindo no vazio. Não é bom pressuposto o menosprezo do adversário - no caso, a adversária - cuja presença na cadeira de Madam Speaker se marcam pela firme resolução e experiência política, e não seria, por conseguinte, obra de alguma fada de férias que Madam Speaker agora segure o martelinho. Não é uma subordinada de Mr President, mas alguém calejado pelas refregas políticas e para um maior preparo, não lhe faz diferença que os óbices deixados para trás são encontráveis tanto na própria bancada - até a véspera plena de vozes que viam a Pelosi como um monstro (construído por republicanos) e que pensavam chegada  a própria hora da dispensa. A aritmética política sói ser mais complicada, como logo aprenderam rivais que pensavam possível com ela terçar armas pelo cobiçado gavel, e agora chegou a vez do tonitruante (mas algo vazio) presidente.

          Bravatas do gênero podem provocar à gente menor inútil sofrimento e vãs esperas.  Mas experiência e habilidade não se manifestam por acaso, e com os favores da prática, acabam por prevalecer. Farsantes como Mr Donald Trump podem infligir sacrifícios, mas com o lento passar dos dias, tenderão a compenetrar-se de que há certas situações em que o posturing, a gesticulação e as vãs ameaças não costumam funcionar a contento, se se adicionar uma pitada de tempo para que o adversário se compenetre de que o remédio é dobrar-se a um valor mais alto que se alevanta. Ser realista à custa da própria postura será solução amarga, mas no fim inevitável e inelutável. Good-bye Mr Trump.


( Fonte: The New York Times )         

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