O
governo americano exortou os venezuelanos a irem para a rua em manifestação
contra o presidente Nicolás Maduro. Seriam os primeiros protestos da oposição
desde a posse do chavista perante a "Corte suprema" para iniciar o
segundo mandato.
Caracas reagiu prontamente, com a ameaça de marchas de apoio a Maduro, e
alertas de que pode haver "violência provocada pelos opositores".
Na
madrugada, em Caracas, houve alguns pequenos protestos contra o Governo em
bairros de tradição chavista. Ontem, em vídeo divulgado em redes sociais, o
vice-presidente Mike Pence exortou aos venezuelanos que tomem as ruas do país
no dia de hoje, para que suas vozes sejam ouvidas.
Pence chamou Maduro de "ditador" e elogiou o líder da
oposição, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, que convocara os
protestos. Para Pence "Maduro não
tem mais legitimidade para governar". E acrescentou: "Queremos dizer
que os Estados Unidos apóiam vocês."
No acompanhamento dessas manifestações, a Oposição terá a sua atenção
presa na eventualidade de que militares venham a apoiar o chamamento de Juan
Guaidó, o que representaria um desenvolvimento relevante na evolução da crise
na Venezuela.
Há, no entanto, um 'pequeno detalhe' que resta verificar.
Se o Presidente da Assembléia Nacional, Juan
Guaidó, receber eventual apoio de
militares da ativa para o seu gesto de assumir simbolicamente a
presidência, a situação do governo
usurpador de Nicolás Maduro - e o seu "segundo mandato" - terá encontrado
um obstáculo relevante, de que até agora não há notícia, em resposta aos
"apelos" de autoridades americanas.
(
Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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