Cresce na imprensa
inglesa um estranho argumento, que o
título acima busca reproduzir. Theresa
May se há de assinalar por muitos motivos contrários, mas decerto há um limite
tanto para a sua incompetência, quanto para as suas qualidades, que em havendo
chegado a essa alta posição, as terá por certo, embora tingidas por uma série
de defeitos...
Se ainda é cedo para dizer como
terminará tutta questa faccenda - que é
uma palavra italiana próxima do
affaire francês, mas talvez com conotação pejorativa um pouco mais acentuada - não
restam dúvidas de que pelo menos adentramos, nessa mata que mais parece
tropical do que os civilizados bosques que ainda hão de existir nessa grande
ilha, um panorama ainda decerto entrecortado, mas que não pode achar-se, como se
fosse possível ainda depará-lo em tal situação na qual tudo possa ocorrer, exceto o
desaparecimento do brexit ! Pois foi
o que se me deparou em um informativo quero crer do Economist. Que me perdoe o leitor a metáfora, mas será possível que
o tal bréxit - que tantos problemas
têm criado para a economia inglesa,e com o andar da carruagem, semelha prometer
outros mais, disponha ainda dessa estranha, quase medieval qualidade, de que,
nas atuais condições e dentro de um contexto legal, seja impossível
erradicá-lo?
Pois, não há processo legal - por
mais ineptos - e até diabólicos - que sejam os respectivos criadores - que não
seja suscetível de interrupção, sob a única, óbvia exceção de que os seus
respectivos efeitos não possam ser revertidos. Ora, como não é a morte da economia de Sua Majestade que
ora se decreta, esse bréxit pode ter
um fim, malgrado a entidade sujeita - no caso o Reino Unido - que deixará as
inelutáveis sequelas, mas o que não é a política senão a superação, dentro dos
limites do possível - de tais molestas consequências ? Como aqui se trata de
países - e não de seres vivos singulares - eles serão suscetíveis de superar
eventuais negativas consequências que a inépcia humana terá porventura criado...
(a continuar)
( Fontes: The Independent, Economist, The New York
Times, O Estado de S. Paulo )
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