domingo, 6 de janeiro de 2019

Inevitável o impeachment de Trump


                    
         Para a respeitadíssima politóloga Elizabeth Drew, um processo para o impeachment do Presidente Donald Trump torna-se cada vez mais inevitável para a opinião pública americana. A não ser que o presidente opte pela renúncia, a pressão do povo americano sobre os lideres democratas cresce a cada dia para que iniciem sem mais delongas um processo de impeachment já em 2019, o que só tenderá a avolumar-se, com o inelutável incremento da pressão popular pelo início sem mais delongas desse processo constitucional.
           O raciocínio da politóloga E. Drew é o seguinte: muita gente pensa em termos de inércia. Considera que as coisas vão permanecer como estão. No entanto, essa faixa deixa de levar em conta que a opinião pública muda conforme o decorrer dos fatos.
           O comportamento errático do Presidente e a sua evidente falta de bom senso aumentam com o tempo, e só tendem a empurrar as pessoas a concluir que Donald Trump não é confiável. Segundo a tarimbada analista política, já se dispõe de evidências suficientes para iniciar um processo de impeachment.
             Sem embargo, um processo de impeachment será sempre experiência traumática para uma sociedade política e os mais velhos se recordam daquele que levou ao afastamento de Richard M. Nixon, que, embora não se assemelhe a Trump (será difícil encontrar um político que rivalize com a sua falta de bom senso e de equilíbrio) também tornaria inevitável que o processo fosse deslanchado, embora o republicano o tenha evitado ao renunciar ao cargo, solucionando o problema político de seu afastamento...
                Trump não é pessoa razoável, e o seu comportamento borderline (marginal) tende a tornar o processo uma crescente probabilidade. Já existe um procurador-especial que disporia de elementos para torná-lo réu em um processo do gênero. Reporto-me ao Procurador-Especial Robert Mueller III (não é incomum que americanos possam fazer acompanhar o próprio nome de algarismos romanos, sobretudo se procuradores especiais, como é o caso) que já disporia de dados suficientes para iniciar o processo junto à Câmara de Deputados.
                   A própria analista política Elizabeth Drew não se aventuraria a já classificá-lo como borderline (marginal) em termos de suspeição para o impeachment, se não existissem para tanto elementos suficientes e convincentes.
                   Não é só a sua obsessão com a construção do muro, o que não é uma verdadeira solução para a contenção da imigração clandestina, para tanto forçando o fechamento de funções públicas do Estado. Como já demonstrei, só a ignorância de Trump pode dar fundamento a essa tese abstrusa do muro como solução para a imigração ilegal. Se muro - ou muralha - funcionassem como defesa para a imigração não-permitida, o Império Romano poderia subsistir no seu formato original até o presente, ou pelo menos, por um tempo muito maior que o daquele da sua efetiva duração.
                    Por outro lado, o comportamento de Trump no episódio do Secretário da Defesa Mattis já evidencia o seu desequilíbrio emocional e o gritante despreparo psíquico para assumir responsabilidades atinentes ao seu cargo.
                     Por isso, mesmo apoiado por um grande partido, Donald Trump já evidenciou a fortiori que está despreparado, psíquica e emocionalmente para o cargo.

( Fontes: Folha de S. Paulo e avaliação da politóloga Elizabeth Drew )

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