Para a respeitadíssima
politóloga Elizabeth Drew, um
processo para o impeachment do Presidente Donald Trump torna-se cada
vez mais inevitável para a opinião pública americana. A não ser que o presidente
opte pela renúncia, a pressão do povo americano sobre os lideres democratas
cresce a cada dia para que iniciem sem mais delongas um processo de impeachment já em 2019, o que só tenderá
a avolumar-se, com o inelutável incremento da pressão popular pelo início sem
mais delongas desse processo constitucional.
O raciocínio da politóloga E. Drew é
o seguinte: muita gente pensa em termos de inércia. Considera que as coisas vão
permanecer como estão. No entanto, essa faixa deixa de levar em conta que a
opinião pública muda conforme o decorrer dos fatos.
O comportamento errático do
Presidente e a sua evidente falta de bom senso aumentam com o tempo, e só
tendem a empurrar as pessoas a concluir que Donald Trump não é confiável. Segundo
a tarimbada analista política, já se dispõe de evidências suficientes para iniciar
um processo de impeachment.
Sem embargo, um processo de impeachment será sempre experiência
traumática para uma sociedade política e os mais velhos se recordam daquele que
levou ao afastamento de Richard M. Nixon,
que, embora não se assemelhe a Trump (será difícil encontrar um político que
rivalize com a sua falta de bom senso e de equilíbrio) também tornaria
inevitável que o processo fosse deslanchado, embora o republicano o tenha
evitado ao renunciar ao cargo, solucionando o problema político de seu
afastamento...
Trump não é pessoa razoável, e
o seu comportamento borderline
(marginal) tende a tornar o processo uma crescente probabilidade. Já existe um procurador-especial
que disporia de elementos para torná-lo réu em um processo do gênero.
Reporto-me ao Procurador-Especial Robert Mueller III (não é incomum
que americanos possam fazer acompanhar o próprio nome de algarismos romanos,
sobretudo se procuradores especiais, como é o caso) que já disporia de dados
suficientes para iniciar o processo junto à Câmara de Deputados.
A própria analista política Elizabeth Drew não se aventuraria a já
classificá-lo como borderline
(marginal) em termos de suspeição para o impeachment,
se não existissem para tanto elementos suficientes e convincentes.
Não é só a sua obsessão com
a construção do muro, o que não é uma verdadeira solução para a contenção da
imigração clandestina, para tanto forçando o fechamento de funções públicas do
Estado. Como já demonstrei, só a ignorância de Trump pode dar fundamento a essa
tese abstrusa do muro como solução para a imigração ilegal. Se muro - ou
muralha - funcionassem como defesa para a imigração não-permitida, o Império
Romano poderia subsistir no seu formato original até o presente, ou pelo menos,
por um tempo muito maior que o daquele da sua efetiva duração.
Por outro lado, o
comportamento de Trump no episódio do Secretário da Defesa Mattis já evidencia
o seu desequilíbrio emocional e o gritante despreparo psíquico para assumir
responsabilidades atinentes ao seu cargo.
Por isso, mesmo apoiado por
um grande partido, Donald Trump já evidenciou a fortiori que está despreparado, psíquica e emocionalmente para o
cargo.
( Fontes: Folha de S. Paulo e
avaliação da politóloga Elizabeth Drew )
Nenhum comentário:
Postar um comentário