sábado, 5 de janeiro de 2019

Mega ciberataque atinge A. Merkel e milhares de pessoas na RFA


                              
        Dada a posição de fraqueza que a Chanceler Ângela Merkel escolheu como posição política no que tange ao Kremlin - e tal se viu com crescente clareza desde as negociações com Putin de acordo com os supostos rebeldes separatistas que atacam a parte oriental da Ucrânia - a Alemanha volta a sofrer um ciber-ataque que atinge centenas de políticos (inclusive a própria Merkel, agora em melancólico fim de carreira), além de artistas e jornalistas. Nesse sentido, o governo alemão - que a Merkel ainda preside - qualificou de "ato grave" contra as instituições democráticas e convocou reunião de emergência dos órgãos de cíberdefesa.
          A porta-voz do Bundeskabinet, Martina Fietz afirmou que nenhum "dado sensível" sobre Frau Merkel, políticos ou membros do governo foi levado ao conhecimento público. Mas nos documentos divulgados ontem há e-mails enviados à Chanceler e até correspondência particular.
            Conforme a imprensa alemã, os hackers - que ao parecer seguem os mesmos procedimentos que, com sucesso, adotaram quando da invasão dos dados do Diretório Nacional Democrata, em 2016, quando na cercania da eleição em que a favorita Hillary Clinton não confirmara os prognósticos, por conta de pessoas  como o diretor do FBI, James Comey - segundo a imprensa germânica, os hackers publicaram dados com detalhes bancários e de cartões de crédito, além de números de telefones, celulares, conversas por e-mail, e documentos de identidade de políticos  de todos os grandes partidos da RFA, exceto da AfD (a fascista Alternativa  para a Alemanha).
              Todo esse vazamento de dados foi orquestrado a partir de uma conta no Twitter, com cerca de 17 mil seguidores no período natalino (embora o governo só haja publicado a informação no dia de ontem). O Gabinete de Segurança de Computadores afirmou no Twitter que foi "ciberataque contra políticos", e aduziu que está  "investigando intensamente o assunto com a estreita coordenação das autoridades". Em 2018, segundo indiscrições de políticos uma potente invasão atingira a rede de computadores do Auswaertiges Amt (Ministério das Relações Exteriores). A crer pelos ultradiluvianos elevadores utilizados pelo prédio do MRE - eles jamais param e os usuários têm de pular para dentro da cabine móvil...- pode-se imaginar que a rede de computadores do MRE germânico não deve ser também de última geração...

                A Rússia de Putin é a culpada da vez, atendido inclusive o precedente do sanhudo ataque contra o Diretório do Partido Democrata - vejam só, o partido da candidata Hillary - e tudo isso então passaria sem qualquer reação do na época amorfo presidente Barack Obama, que não terá visto razões de maior peso para levar a ousadia de Vladimir Putin ao conhecimento da Nação e dos órgãos políticos... É ainda o famigerado grupo APT28 - e aliás especialistas hoje acreditam que esse mesmo grupo está por trás dos ataques durante a eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2016, de que ora também se ocupa o procurador-especial Robert Mueller III.
                  "O vazamento dos dados de centenas de políticos da RFA é algo alarmante, mas ao mesmo tempo não é surpreendente", declarou Mike Hart, da empresa de segurança (?)  on-line FireEye. "Quem quer que seja o responsável, pretende intimidar os políticos, mas não terá sucesso" (?), disse Lars Klinbell, secretário-geral da SPD (Sozialpartei Deutschland), que é membro da coalizão da Merkel.
                    O que é surpreendente que - assim como o presidente Obama, que muita vez procurou cortar as asas de sua chefe do State Department, e nunca reunira a coragem de confrontar as invasões cibernéticas et al. de tovarisch (camarada) Putin, a Merkel também parece adotar essa estranha e resignada posição de extremo pacifismo cibernético...


( Fontes: O Estado de S. Paulo; The New Yorker )

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