Não se deve esquecer
que o Equador é um pequeno país, que está sofrendo bastante com o influxo da
migração venezuelana, efeito direto da situação da ditadura Maduro, e a
dificuldade crescente em viver naquele
país.
Há também complicadores adicionais,
além do 1 milhão e duzentos mil venezuelanos que entraram no país andino (entre
2014 e 2018), mas obviamente o clinching
point foi o assassinato de mulher grávida por um venezuelano, que foi preso
neste último sábado.
E no dia seguinte, ocorreram
protestos em Ibarra contra a presença de estrangeiros. Em deplorável espetáculo
de xenofobia, a população desalojou venezuelanos de hotéis, fazendas e
parques, aonde dormiam, queimaram pertences e perseguiram os imigrantes, exigindo
que deixassem a cidade.
Sobre o episódio, o presidente
Lenin Moreno afirmou que o governo responderá "com firmeza". Segundo ele, o
fato de o agressor ser estrangeiro poderia provocar generalização que "só
traria mais violência", advertiu, antes de lembrar os ouvintes que o
Equador é um país de imigrantes.
Anteriormente, o governo
equatoriano costumava pedir tão só o registro de identidade para permitir o
ingresso de imigrantes no país. Agora o Equador pretende formar brigadas para
controlar a situação dos venezuelanos nas ruas, nos locais de trabalho e na
fronteira. O vice-presidente Otto Sonnenholzer disse que os controles
migratórios "serão mais rigorosos" e criticou, a propósito, a recusa
de Caracas em fornecer dados de seus cidadãos. O governo equatoriano estima que
trezentos mil venezuelanos estejam em seu território.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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