terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Emigrantes venezuelanos: exigências do Pres. Moreno


                             
          Não se deve esquecer que o Equador é um pequeno país, que está sofrendo bastante com o influxo da migração venezuelana, efeito direto da situação da ditadura Maduro, e a dificuldade crescente  em viver naquele país.
            Há também complicadores adicionais, além do 1 milhão e duzentos mil venezuelanos que entraram no país andino (entre 2014 e 2018), mas obviamente o clinching point foi o assassinato de mulher grávida por um venezuelano, que foi preso neste último sábado.
             E no dia seguinte, ocorreram protestos em Ibarra contra a presença de estrangeiros. Em deplorável espetáculo de xenofobia, a população desalojou venezuelanos de hotéis, fazendas e parques, aonde dormiam, queimaram pertences e perseguiram os imigrantes, exigindo que deixassem a cidade.
              Sobre o episódio, o presidente Lenin Moreno afirmou que o governo responderá "com firmeza". Segundo ele, o fato de o agressor ser estrangeiro poderia provocar generalização que "só traria mais violência", advertiu, antes de lembrar os ouvintes que o Equador é um país de imigrantes.
                Anteriormente, o governo equatoriano costumava pedir tão só o registro de identidade para permitir o ingresso de imigrantes no país. Agora o Equador pretende formar brigadas para controlar a situação dos venezuelanos nas ruas, nos locais de trabalho e na fronteira. O vice-presidente Otto Sonnenholzer disse que os controles migratórios "serão mais rigorosos" e criticou, a propósito, a recusa de Caracas em fornecer dados de seus cidadãos. O governo equatoriano estima que trezentos mil venezuelanos estejam em seu território.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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