sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Assim vai Latino América ?


                             
                       
        A frase não é minha - e o que é, em verdade, de alguém? - nesse mundo, vasto mundo do poema de Drummond?
         Maduro, o ditador inventado pelo moribundo Hugo Chávez Frias,  ora rubicundo, pois o poder, mesmo alimentado de entranhada miséria, costuma engordar e muito aqueles que o instrumentalizam, não é que ora brande o sabre, aquela recurva espada com que busca espantar todas as ameaças que pairem sobre seu suposto reino, tinto de fome e miséria, e que se multiplica pelas estranhas graças da hiper-inflação, e tudo isso em plena Latino-América, hoje, a pobrezinha, se já livre das longas garras do PT, do demiurgo Lula da Silva e das turbas a que encantavam as estranhas, por vezes até violentas, falas da loura coelhinha, a quem ritualmente acompanha Adamastor, o gigante desse crédito especial muito peculiar, do chamado crédito consignado, de que se valem as ignotas gentes das tais contribuições pequeninhas, que os sub-reptícios, ávidos bancos lhes tiram dos magros salários ?
          Mais um trânsfuga foge do TSJ - o que quer dizer, minha gente, Tribunal Supremo de Justiça - mordendo nos dentes algum válido pretexto para escapar... Imêmore dos erros cometidos pelos ratos que sóem abandonar os úmidos, podres porões das ditaduras, quando porventura sentem que começam a fazer demasiada água, e que vão dizer em Estados Unidos o quanto choram pela democracia,  não é que o paradigmático ditador Nicolás Maduro - a quem vem a calhar o caro e interesseiro apoio do amigão  gospodin  Vladimir V. Putin - empunha em puro, lídimo mesmo, figurino da pobre Latino America o sabre ritual, que do triste figurino do ditatorial mando na antiga terra da Liberdade, onde nasceu faz muito, muito tempo o grande Bolívar, que essas torpes figuras saídas do imenso baú de um viveiro de cobras e de homens fortes, tiranos de boa cepa, que não sabem ,os infelizes, quão traidor é o lenho em que se apóiam, e que lhes promete, com a falta de imaginação dos séculos sem luz, um final horrendo, digno de tais monstros que engordam pela dilapidação dos tesouros alheios e dos infernos particulares das mofinas, mesquinhas mesmo, ditaduras que longas sombras de vilania e abominação nutrem na terra lamacenta, por vezes pútrida, de o que antes, outrora mesmo, afloravam por toda parte, pensando engordar amantes de uma liberdade na realidade triste, fazendo crescer as ignavas plantas da cupidez, da traição e do cínico poder que, ritualmente, empunham os canalhas da vez, como esse reles protegido do ditador Hugo Chávez, que imitaria todos os defeitos e vícios do hombre fuerte de Latino América, mas, infelizmente, olvidando as poucas, mas importantes qualidades dos grandes líderes.

( Fontes: Carlos Drummond de Andrade, O Globo, TV Globo )

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