quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Juíza sequestra R$ 64 milhões de Cabral e Pezão


                              

            A  pedido do Ministério Público, a Juíza Roseli Nalin, da 15ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, determinou, por liminar, o bloqueio  de bens de nove envolvidos em doações irregulares para campanhas eleitorais..
            Entre eles, estão os ex-governadores do MDB Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão (ambos presos), assim como de deputados estaduais de vários partidos.
           Os pagamentos ilegais  teriam sido feitos em troca da concessão de benefícios fiscais e financeiros pelo Estado. A decisão da Juíza  Roseli Nalin, da 15ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, foi proferida na quinta-feira passada, a pedido do Ministério Público, em ação civil pública de improbidade administrativa.
            Segundo o M. P.-RJ, houve renúncias à receita de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e concessão de incentivos fiscais e financeiros para beneficiar indevidamente algumas empresas.  Em troca, os acusados teriam recebido propina disfarçada em doações destinadas às campanhas eleitorais, principalmente em 2014.
             Além do bloqueio de R$ 31 milhões de Pezão e R$ 33 milhões de Cabral, a 15ª Vara da Fazenda Pública  mandou bloquear R$ 95 milhões em nome de mais quatro acusados.  Três partidos políticos também tiveram bens bloqueados (MDB, R$ 32,7 milhões, PDT (R$ 900 mil) e PSD (R$ 25 mil).

               No processo, a Procuradoria acusa Cabral e Pezão de editarem decretos de incentivos fiscais milionários a grupos empresariais. Em contrapartida, as empresas teriam bancado a campanha de Pezão e Francisco Dornelles (PP) ao Palácio Guanabara em 2014, assim como a do deputado federal Marco Antônio Cabral (MDB), filho de Sérgio Cabral, à Câmara dos Deputados, no mesmo ano.
Ação. Em outra ação, Cabral também foi acusado pelo MP-RJ de improbidade administrativa, em ação civil pública na 4ª Vara da Fazenda Pública. O deputado estadual Jorge Picciani (MDB-RJ), que já foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e cumpre prisão domiciliar, também foi alvo do mesmo processo.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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