quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Vendida Pasadena, símbolo da corrupção


                    

         A refinaria de Pasadena, pertencente à Petrobrás, que está instalada nos Estados Unidos,  foi vendida a trinta de janeiro corrente para a americana Chevron.  De acordo com a firma brasileira, a sua subsidiária americana assinou ontem naquela data contrato de compra e venda das ações detidas pela Petrobrás nas empresas que compõem o sistema de refino de Pasadena.
          O valor da transação é de US$ 562 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 212 milhões de capital de giro (tendo outubro de 2018 como data base). O valor final da operação está sujeito a ajustes de capital de giro até a data de fechamento da transação, segundo informe da Petrobrás.

            Estão sendo vendidas as sociedades Pasadena Refining System Inc. (PRSI), responsável pelo processamento do petróleo e produção de derivados, e PRSI Trading LLC (PRST), que atua como braço comercial exclusivo da PRSI, ambas detidas integralmente pela Petrobras America Inc. A PRSI possui capacidade de processamento de  110 mil barris de petróleo por dia (bpd),
              A empresa informou, outrossim, que a refinaria é independente do Sistema Petrobrás, que pode operar com qualidades de petróleos médios e leves, e produz derivados que são comercializados tipicamente no mercado doméstico americano.
               A conclusão da transação em apreço, consoante informou a Petrobrás, está sujeita à obtenção das aprovações dos órgãos antitruste dos Estados Unidos e do Brasil.

 Histórico.    A compra de Pasadena pela estatal Petrobrás chamara a atenção da Polícia Federal, porque o valor pago  inicialmente apenas pela metade do ativo não constituía um indicador de uma operação transparente. 

           Com efeito, a aquisição de Pasadena pela estatal chamara a atenção da P.F., visto que o valor inicialmente pago e supostamente pela metade do ativo - US$ 360 milhões - era muito superior aos US$ 42,5 milhões  que a belga Astra Oil havia desembolsado pouco antes pela totalidade dessa unidade.  Nesse sentido, o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, em delação premiada, admitiria  desvio de recurso no investimento.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )        

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