terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Mourão na linha vice de Alencar ?


                              

                A Folha de S. Paulo, em notícia de sua décima página, faz considerações sobre o estilo a ser empregado pelo Vice Hamilton Mourão, que, enquanto substituto do Presidente Bolsonaro, adotaria estilo similar àquele seguido pelo vice de Lula, José  Alencar (2003-2010).
                   É lógico que, se o estilo é o homem, como dizia  o Conde de Buffon,  dada a importância do cargo, e o quadriênio que se tem pela frente,  não se poderia concentrar em período tão curto a performance a ser prevista do general Mourão.
               No entanto, à primeira vista, reponta estilo similar ao do ex-vice-presidente de Lula da Silva. Como se descreve nas duas colunas, agenda cheia, opiniões contundentes, entrevistas à imprensa e brincadeiras com futebol, o general apresentou nesta segunda estilo bastante similar ao de seu antecessor José Alencar.
                 Antes de adentrar o Palácio do Planalto, em entrevista - entrando ao vivo em uma emissora de rádio - disse que o decreto que facilitara a posse de armas - a primeira, e por ora única, medida de impacto do novo Governo- não é uma iniciativa de combate à violência, mas promessa de campanha.
                     Na parte da tarde, falou de novo com veículos de comunicação, dessa feita defendendo mudanças nas regras previdenciárias para os militares.  A esse respeito,  deve-se sublinhar que o tema tem sido discutido com cautela e reserva pela equipe econômica, eis que enfrenta resistências  junto às Forças Armadas.
                      Com o próprio estilo, resumiu: "São mudanças que seriam positivas para o país".
                     Na sua estreia como interino, posição que deve exercer até quinta-feira, dia 24, Mourão recebeu embaixadores e militares. Nesta terça, dia 22, viajará ao Rio, e, à noite, em Brasília terá encontro com representantes da indústria.
                        "O que nós queremos é medir o novo Governo segundo os atos e fatos, não segundo os tuítes e palavras durante a campanha eleitoral", disse o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, após reunião com o general.
                   Em um governo fechado,o general tornou-se a principal ponte de empresários ao comando do Poder Executivo. Em 2002, segundo recorda a Folha, foi Alencar que ajudara a diminuir o receio que havia em setores do mercado a um eventual radicalismo de Lula.
                              A esse propósito, em conversa com a Folha, na semana passada, o general Mourão chegou a elogiar o seu antecessor,  José Alencar.


( Fonte:  Folha de S. Paulo )


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