A Folha de S. Paulo, em notícia de sua décima página, faz
considerações sobre o estilo a ser empregado pelo Vice Hamilton Mourão, que, enquanto substituto do Presidente
Bolsonaro, adotaria estilo similar àquele seguido pelo vice de Lula, José Alencar (2003-2010).
É lógico que, se o estilo é o
homem, como dizia o Conde de Buffon, dada a importância do cargo, e o quadriênio
que se tem pela frente, não se poderia
concentrar em período tão curto a performance a ser prevista do general Mourão.
No entanto, à primeira vista, reponta
estilo similar ao do ex-vice-presidente de Lula da Silva. Como se descreve nas
duas colunas, agenda cheia, opiniões contundentes, entrevistas à imprensa e
brincadeiras com futebol, o general apresentou nesta segunda estilo bastante
similar ao de seu antecessor José Alencar.
Antes de adentrar o Palácio
do Planalto, em entrevista - entrando ao
vivo em uma emissora de rádio - disse que o decreto que facilitara a posse
de armas - a primeira, e por ora única, medida de impacto do novo Governo- não
é uma iniciativa de combate à violência, mas promessa de campanha.
Na parte da tarde, falou
de novo com veículos de comunicação, dessa feita defendendo mudanças nas regras
previdenciárias para os militares. A
esse respeito, deve-se sublinhar que o
tema tem sido discutido com cautela e reserva pela equipe econômica, eis que
enfrenta resistências junto às Forças
Armadas.
Com o próprio estilo,
resumiu: "São mudanças que seriam positivas para o país".
Na sua estreia como interino, posição que
deve exercer até quinta-feira, dia 24, Mourão recebeu embaixadores e militares.
Nesta terça, dia 22, viajará ao Rio, e, à noite, em Brasília terá encontro com
representantes da indústria.
"O que nós
queremos é medir o novo Governo segundo os atos e fatos, não segundo os tuítes
e palavras durante a campanha eleitoral", disse o embaixador da Alemanha
no Brasil, Georg Witschel, após
reunião com o general.
Em um governo
fechado,o general tornou-se a principal ponte de empresários ao comando do
Poder Executivo. Em 2002, segundo recorda a Folha, foi Alencar que ajudara a
diminuir o receio que havia em setores do mercado a um eventual radicalismo de
Lula.
A esse propósito,
em conversa com a Folha, na semana
passada, o general Mourão chegou a elogiar o seu antecessor, José Alencar.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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