O atual presidente da
Assembleia Nacional, em que a oposição tem maioria de dois terços, se declarou
presidente da Venezuela e pediu o apoio dos militares.
Na sua qualidade de Presidente da
Assembléia, único órgão legitimamente eleito, Juan Guaidó se declarou ontem presidente da Venezuela, e, nesse
sentido, encareceu a ajuda dos militares para derrubar o Presidente Nicolás
Maduro.
Por sua vez, o Secretário-Geral da
OEA, Luis Almagro, que é crítico de
Maduro, chamou Guaidó de
"presidente interino" da Venezuela, através do Twitter.
Em inflamado discurso, diante de
centenas de manifestantes, Guaidó citou vários artigos da Constituição para
reivindicar o poder. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o
cargo de Presidente, para convocar eleições,mas preciso do apoio dos cidadãos
para tornar isso uma realidade." Disse, em tal sentido, Guaidó: " Devem ser o Povo da Venezuela, as Forças Armadas, a comunidade internacional
que nos levam a assumir o mandato."
De imediato, Maduro fez um
pronunciamento parar mostrar que ainda tem o controle do Governo: "Isso (a
declaração de Guaidó) foi um show para desestabilizar o país. De agora em
diante, todos os dias eles vão montar um espetáculo. Se reúnem à noite, para
decidir qual será o show do dia seguinte."
Assinale-se que Juan Guaidó tornou-se
presidente da Assembleia Nacional no dia cinco, em substituição ao
opositor Júlio Borges. O Parlamento
constitucional foi eleito em 2016 com dois terços de maioria da Oposição. Em
2017 foi o da "criação" da chamada Assembleia Constituinte, eleita
fraudulentamente, e é boicotada pela Oposição, mas que assumiu os trabalhos
legislativos, ainda que de forma ilegal,pois não tem mandato constitucional, e
foi votada de forma fraudulenta, como a própria empresa europeia encarregada de
preparar a votação o divulgou. Tal não impede que a tal Constituyente de los
Barrios (as favelas, sobretudo) legisle com "poderes de
constituinte".
( Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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