sábado, 12 de janeiro de 2019

Juan Guaidó se declara Presidente da Venezuela


           O atual presidente da Assembleia Nacional, em que a oposição tem maioria de dois terços, se declarou presidente da Venezuela e pediu o apoio dos militares.
         Na sua qualidade de Presidente da Assembléia, único órgão legitimamente eleito, Juan Guaidó se declarou ontem presidente da Venezuela, e, nesse sentido, encareceu a ajuda dos militares para derrubar o Presidente Nicolás Maduro.
         Por sua vez, o Secretário-Geral da OEA, Luis Almagro, que é crítico de Maduro,  chamou Guaidó de "presidente interino" da Venezuela, através do Twitter.

        Em inflamado discurso, diante de centenas de manifestantes, Guaidó citou vários artigos da Constituição para reivindicar o poder. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo de Presidente, para convocar eleições,mas preciso do apoio dos cidadãos para tornar isso uma realidade." Disse, em tal sentido, Guaidó:  " Devem ser o Povo da Venezuela, as  Forças Armadas, a comunidade internacional que nos levam a assumir o mandato."

        De imediato, Maduro fez um pronunciamento parar mostrar que ainda tem o controle do Governo: "Isso (a declaração de Guaidó) foi um show para desestabilizar o país. De agora em diante, todos os dias eles vão montar um espetáculo. Se reúnem à noite, para decidir qual será o show do dia seguinte."

         Assinale-se que Juan Guaidó tornou-se presidente da Assembleia Nacional no dia cinco, em substituição ao opositor  Júlio Borges. O Parlamento constitucional foi eleito em 2016 com dois terços de maioria da Oposição. Em 2017 foi o da "criação" da chamada Assembleia Constituinte, eleita fraudulentamente, e é boicotada pela Oposição, mas que assumiu os trabalhos legislativos, ainda que de forma ilegal,pois não tem mandato constitucional, e foi votada de forma fraudulenta, como a própria empresa europeia encarregada de preparar a votação o divulgou. Tal não impede que a tal Constituyente de los Barrios (as favelas, sobretudo) legisle com "poderes de constituinte".
        
 ( Fonte:  O Estado de S. Paulo  )    

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