sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Proposta de Moro de Leis contra o Crime Organizado (Adendo ao blog)


                     
         Apenas uma introdução - que talvez devesse ser simples nota, mas que toma essa forma como compreensível reação de quem vê interrompido e, na prática, inviabilizado pelo surgimento não-solicitado de um suposto "apoio" do sistema Windows, que tutto sommato, na prática me inviabilizou o meticuloso trabalho do blog, a pretexto de uma "ajuda" não-solicitada, o que deveria ser escoimado do programa,  porque tais programas jamais deveriam ser invasivos e coercitivos, como o foi o sistema nesse relatado episódio, que espero não mais se repita, a fortiori por ter de repetir o que já fizera, por duas circunstâncias: (a) tenho ciência de o que faço; (b) e a aceitação que tenho como blogueiro, acercando-me da marca dos seis mil blogs, o que me parece respeitável para quem opera sozinho.
          Escusando-me pela interrupção, passo a seguir a repetir o que já digitara no que tange às propostas do Ministro Sérgio Moro, que me parecem uma das mais importantes - e consequentes - ideias do Presidente Jair Bolsonaro, pelo que já representa para o Povo brasileiro o aporte trazido por esse magistrado ao Direito Penal brasileiro, haja vista o seu trabalho na parte jurídica da Operação Lava-Jato

          Processo Penal.

            O Ministro Moro em seu discurso de posse afirmou que enfrentará as questões que impactam na eficácia do Sistema de Justiça Criminal, com propostas simples, como o veto à progressão de regime para membros de facções criminosas armadas. É difícil entender que tal princípio tenha podido ser aplicado a membros do crime organizado, o que representa um óbvio desvirtuamento do sentido da lei, que nunca deveria proteger à quem não é suscetível, por ideias preconcebidas, a tal "proteção". Também para evitar uma excessiva proteção ao condenado penal, "a regra deve ser a da execução da condenação criminal após o julgamento da segunda instância".  É mais do que conhecido o debate sobre esta matéria, com uma minoria loquaz no STF favorável à transferência da presunção de inocência além da segunda instância, o que semelha inadmissível.

              Presídios

          Segundo o Ministro Moro, ele pretende priorizar a melhoria da qualidade dos presídios federais, para que haja "o absoluto controle das comunicações das lideranças de organizações criminosas como o mundo exterior".  Também o Ministro discorreu sobre a necessidade de destravar os investimentos nas estruturas prisionais de Estados e do Distrito Federal, elaborando projetos e evitando que os recursos do Fundo Nacional Penitenciário fiquem imobilizados.
               Um adendo de interesse foi a observação no passado por ministro da Justiça sob Dilma Rousseff que disse que jamais desejaria ser encerrado no atual sistema prisional brasileiro pela sua qualidade. A sua observação de que "preferiria morrer" mostrou dois aspectos:  primo, tomava como algo imutável ou quase a situação das prisões; e secondo, que tinha uma visão estática, na prática, conformista da realidade prisional, o que é inadmissível.
               
           Cooperação interna
          
      O Ministro Moro quer que a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a par de assistir as polícias estaduais com investimentos, padronize procedimentos, gestão e estrutura.  Nesse contexto, sugeriu que a secretaria siga o que foi feito pela recente intervenção federal do Rio de Janeiro, e que, em tal contexto, reestruturou a Segurança Pública daquele Estado. Como declarou o Ministro, aqui evidentemente substituindo intervenção por cooperação.
         
         Cooperação Externa
   
        O Ministro Moro afirmou que o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional aprofundará a cooperação jurídica internacional "para que o refúgio do criminoso no exterior seja uma alternativa cada vez mais arriscada".  "O Brasil não será um porto seguro para criminosos e jamais, novamente, negará cooperação a quem solicitar, por motivos político partidários."

                  Forças-Tarefa

         Aspecto a ser também sublinhado no discurso do Ministro Moro foi a necessidade de reestruturar e fortalecer as forças-tarefa e equipes policiais encarregadas de "investigar a grande corrupção, seja nos inquéritos em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, seja nas investigações perante as Cortes Superiores de Brasília".


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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