Não será o primeiro mártir da revolução popular venezuelana, que mais dia, menos dia, irá derrubar o corrupto regime encimado pelo
narco-ditador, como o chama Óscar Pérez, com a precisão de os que têm bem
presente a extensão da corrupção enraizada no tráfico de drogas, um dos
principais suportes desse regime maldito que Hugo Chávez, nas vascas das agonia, decretara para a terra de Simón Bolivar.
À pútrida e incapaz governança do atual potentado chavista horroriza a
simbiose do adversário capaz, corajoso e carismático como esse mártir da futura
democracia na Venezuela, que foi trucidado
por fúria tão fria quanto feroz, no covarde frenesi de quem tudo lança para fazer
desaparecer o fero patriota que grita
presente!, mesmo sem a esperança do momento, porque dentro dele leva a fé
indômita dos heróis que não se curvam diante de líderes de fancaria.
Querendo encenar-lhe a morte como
advertência ao povo, em verdade Maduro prepara a própria tumba. A grandeza de
Óscar Pérez e de seus companheiros de luta,
não a destruirá a violência inaudita do lança-granadas antitanques
RPG-7 assestado para fazer explodir a casa onde estava um punhado
de combatentes pela democracia.
Quem utiliza meios desmedidos para tentar destruir, talvez pulverizar a heróica figura do adversário contra o
despotismo, sem desejá-lo põe a nu a própria covardia, que o uniforme e o mando
não logram encobrir.
Usar a pólvora do poder contra o
Povo será arma de pouca serventia, porque, enquanto as vítimas enobrece, mergulha no pútrido fumo do desespero e da
desonra, os tiranos da ocasião, que a
própria sorte desencadeiam no frenesi do medo e seus excessos, que não logra
esconder-lhes o pavor e a torpe, trêmula covardia do carrasco, que vê refletido nas paredes do Palácio os pressagos riscos do menetekel aos tiranos destinado.
A ditadura teme a decisão daqueles
que se alevantam contra ela, a ponto de consumida pelo temor, têm horror dos
heróis que não dão trégua ao ditador e à corja de militares que o servem,
porque imbuídos do amor à pátria que essa turba finge servir, eles hão de
continuar a aparecer-lhes pela frente, na coragem indômita e na determinação
sem temor, que lhes visitará, a esses fanfarrões fardados, que tentam
refugiar-se nas loas à pátria, dessa
mesma terra de que hão de repontar, sem outro temor que o da desonra, os milhares de soldados que os generais de palanque mandaram matar
com o mais forte explosivo, para fustigar, fuzilar e se possível fragmentar
todo aquele que, como o soldado Oscar Pérez, ouse ameaçar as alvas fardas dos
generais do poder, sob a fantasmagórica
sárcina de ridículas condecorações de
militares de gabinete, encastelados nos
seus palanques e palácios.
( Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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