terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Os servis aliados do ditador Maduro

                    

          Enganam-se aqueles partidos que buscam entradas laterais para concorrer às eleições abertas pela Ditadura de Maduro.
          Já é estranho que o único grande partido democrático - a Ação Democrática (AD) que dominara a política venezuelana até a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999 - a lograr reunir as assinaturas necessárias para disputar as eleições presidenciais, para a sua reinscrição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
          "O regime fracassou em sua tentativa de nos tirar do jogo, porque fizemos exatamente o contrário de o que queria e saímos em massa para validar a Ação Democrática", escreveu Henry Ramos Allup, líder da AD e provável candidato.
            No entanto, essa facilidade de participar em um processo feito sob medida pela ditadura Maduro já não é de fácil deglutição.  É de notar-se,outrossim,  que a legenda provocara um racha  na coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática, após as eleições regionais de 2017,  quando orientou seus governadores eleitos  a reconhecerem a Assembléia Constituinte chavista, que não é reconhecida pela Oposição, pela sua manifesta ilegalidade.
            Outro partido de oposição tentou também se reinscrever, mas não atendeu às regras impostas aos oposicionistas pelo regime. Trata-se do Primeiro Justiça, de Henrique Capriles, que não poderá candidatar-se por estar "impedido" pela 'justiça eleitoral' de Maduro. De qualquer modo, esse partido moderado vai tentar uma vez mais, a três e quatro de fevereiro, vencer as cruéis e sádicas regras que o regime cobra da Oposição para concorrer. A ditadura madurista torna isso um especial favor do regime,  e não um direito de cidadania.


( Fonte: O Estado de S. Paulo ) 

Nenhum comentário: