Enganam-se aqueles partidos que
buscam entradas laterais para concorrer às eleições abertas pela Ditadura de
Maduro.
Já é estranho que o único grande
partido democrático - a Ação Democrática (AD) que dominara a política
venezuelana até a chegada de Hugo Chávez ao poder em 1999 - a lograr reunir as
assinaturas necessárias para disputar as eleições presidenciais, para a sua
reinscrição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
"O regime fracassou em sua
tentativa de nos tirar do jogo, porque fizemos exatamente o contrário de o que
queria e saímos em massa para validar a Ação Democrática", escreveu Henry Ramos
Allup, líder da AD e provável candidato.
No entanto, essa facilidade de
participar em um processo feito sob medida pela ditadura Maduro já não é de
fácil deglutição. É de
notar-se,outrossim, que a legenda
provocara um racha na coalizão opositora
Mesa da Unidade Democrática, após as eleições regionais de 2017, quando orientou seus governadores
eleitos a reconhecerem a Assembléia
Constituinte chavista, que não é reconhecida pela Oposição, pela sua manifesta
ilegalidade.
Outro partido de oposição tentou também se
reinscrever, mas não atendeu às regras impostas aos oposicionistas pelo regime.
Trata-se do Primeiro Justiça, de Henrique Capriles, que não poderá candidatar-se por estar
"impedido" pela 'justiça eleitoral' de Maduro. De qualquer modo, esse
partido moderado vai tentar uma vez mais, a três e quatro de fevereiro, vencer
as cruéis e sádicas regras que o regime cobra da Oposição para concorrer. A ditadura
madurista torna isso um especial favor do regime, e não um direito de cidadania.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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