sábado, 27 de janeiro de 2018

G20 discute as criptomoedas

                  

       Em Davos, Benoît Couré, do Banco Central Europeu (BCE), informou sobre o plano dos líderes das maiores economias mundiais de discutir estrutura regulatória mundial para as criptomoedas na próxima reunião do G-20, em março em Buenos Aires.
       Nesse contexto, Couré alertou para o fato de que as autoridades econômicas deveriam concentrar-se nas oportunidades criadas pelas criptomoedas e introduzir regras que protejam os investidores e previnam atividades ilícitas.
       Há dois aspectos a serem examinados em maior detalhe: "Como se controla esses portais entre o universo das moedas paralelas e o sistema financeiro regular?" E continuou Couré: "Isso está sendo discutido e haverá respostas."
      Quanto às oportunidades oferecidas pelo novo sistema, disse Benoît  Couré: "O avesso dessa discussão, aquilo que o bitcoin diz a nós como dirigentes de bancos centrais, é que nossos sistemas de pagamentos são caros demais e lentos demais, e temos de agir quanto a isso e criar métodos melhores de pagamento transnacional,  porque isso é bom para o desenvolvimento e para a inclusão financeira."
        Os comentários foram incomumente positivos para um dirigente de banco central, quanto a  assunto como as criptomoedas.
         Ao contrário, muitos dos colegas de Couré preferem tomar como foco os riscos de investir em um ativo tão volátil e opaco.
          A notar, por fim, que, depois de uma disparada no valor do mercado combinado das criptomoedas, de US$ 20 bilhões para US$ 540 bilhões, o fenômeno se tornou impossível de ignorar pela elite das finanças, a despeito de suas denúncias sobre o bitcoin, especialmente como "fraude" e "índice de lavagem de dinheiro".


( Fonte:  Folha de S. Paulo, mercado A 17)

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