Em Davos, Benoît Couré, do Banco Central Europeu (BCE), informou sobre o
plano dos líderes das maiores economias mundiais de discutir estrutura
regulatória mundial para as criptomoedas na próxima reunião do G-20, em março
em Buenos Aires.
Nesse contexto, Couré alertou para o fato de
que as autoridades econômicas deveriam concentrar-se nas oportunidades criadas
pelas criptomoedas e introduzir regras que protejam os investidores e previnam
atividades ilícitas.
Há dois aspectos a serem examinados em
maior detalhe: "Como se controla esses portais entre o universo das moedas
paralelas e o sistema financeiro regular?" E continuou Couré: "Isso
está sendo discutido e haverá respostas."
Quanto às oportunidades oferecidas pelo
novo sistema, disse Benoît Couré:
"O avesso dessa discussão, aquilo que o bitcoin diz a nós como dirigentes de bancos centrais, é que nossos
sistemas de pagamentos são caros demais e lentos demais, e temos de agir quanto
a isso e criar métodos melhores de
pagamento transnacional, porque isso é
bom para o desenvolvimento e para a inclusão financeira."
Os comentários foram incomumente
positivos para um dirigente de banco central, quanto a assunto como as criptomoedas.
Ao contrário, muitos dos colegas de
Couré preferem tomar como foco os riscos de investir em um ativo tão volátil e
opaco.
A notar, por fim, que, depois de uma
disparada no valor do mercado combinado das criptomoedas, de US$ 20 bilhões para US$ 540 bilhões, o fenômeno se tornou
impossível de ignorar pela elite das finanças, a despeito de suas denúncias
sobre o bitcoin, especialmente
como "fraude" e "índice de lavagem de dinheiro".
(
Fonte: Folha de S. Paulo, mercado A 17)
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