A intervenção do regime ditatorial de
Recep Erdogan, atacando na Síria a
guarnição curda para lá transferida por iniciativa americana, mostra a fraqueza
tanto de Damasco, quanto de Estados Unidos e Rússia.
Para a ditadura de Erdogan, não há
limites na sua perseguição aos curdos, que, por estranha contradição, é minoria
importante na Turquia. Por outro lado, tanto o Kremlin,
quanto Washington não podem ver
com favor a invasão pelas tropas turcas, à guisa de verdadeiros justiceiros,
para combater a milícia curda.
A insolência turca - agora acentuada
depois do passado golpe de Erdogan, que
pôs por terra a democracia na Turquia - e de seu ditador, pelo visto, deseja fazer acreditar que o seu novo status lhe consinta agir também contra o
direito internacional.
Admitir que o ditador Erdogan se
comporte como bem entende fora de seu
país, abre enorme exceção no que tange
ao próprio desrespeito pelo direito internacional. Nessas condições, tolerar
que tal senhor ataque a guarnição curda, que lá está por determinação
americana, e ainda por cima o território de seus vizinhos sírios, de forma tão arrogante e
sobranceira, é prato bastante indigesto para membros com direito de veto no
Conselho de Segurança das Nações Unidas.
(
Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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