Como seria de esperar, os chulos comentários
do Presidente Trump sobre certos países de imigração - já amplamente referidos
por este blog - tiveram larga
repercussão negativa nos Estados Unidos,e contribuíram para travar a reforma
migratória no Congresso estadunidense.
Também consoante a praxe de seus
escândalos, Trump logo tratou de dar meia-volta
volver nas suas observações pra lá de polêmicas e racistas. Até uma caneta
foi passada na Casa Branca a sobrinho de Martin Luther King, numa
homenagem na aparência realizada às
carreiras pelo entorno presidencial, com
o presidente Trump entregando a dita caneta ao descen-dente ilustre, cercados
por um círculo de republicanos e de
próceres afro-americanos.
A turma do deixa-disso, por tanto, já entrou em campo, e haverá sempre quem
racionalize as suas respectivas expressões, por mais abomináveis que sejam.
A frio, a reação, por isso, nunca
será favorável, pelo racismo nelas
embutido.
Além disso, a paciência e as
frenéticas re-interpretações das frases
racistas e do pé na jaca, terão um limite, que é - espera-se - o do bom-senso.
Nesse contexto, peço desculpas
pela citação da Antiguidade, mas até que uma expressão célebre do grande orador
Marco Tulio Cícero, então Cônsul da República Romana, disse na sua primeira oração contra o insurreto
Catilina: "Quosque tande Catilinam
abutere pacientia nostra?" (Até quando, ó Catilina, abusarás de nossa
paciência? ).
E não é que o passado continua
a intrometer-se no presente, para afirmar a eterna coerência da estupidez humana ?
( Fontes: O Estado de S. Paulo; orações de Marco Túlio Cicero )
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