Vem a público a prisão de antigo agente da CIA, suspeito pela contra-espionagem americana de ajudar a RPC em desmantelar operações estadunidenses,
inclusive identificando informantes. O
colapso da rede de espionagem americana representa, em anos recentes, um dos
mais graves fracassos de Washington no campo ultrassensível de defesa da
soberania da Superpotência.
A prisão do ex-agente Jerry Chun Shing Lee, de 53 anos, resultou de
intensa investigação, começada cerca de 2012, dois após a CIA começa a perder
agentes na China.
O enigma que confrontou por muito
tempo a CIA estava em descobrir como tantas fontes da inteligência americana,
dentre os segredos mais bem guardados da
Agência, terminavam presos pela RPC.
Surgiram diversas teorias. Alguns acreditaram que informante dentro da CIA (mole) estaria repassando a Beijing a
lista de seus agentes. Outros, alvitraram que hackers
chineses tinham penetrado no sistema de comunicação de Tio Sam para contactar
as suas fontes de informação dentro da própria China.
Com a insegurança gerada pela
falha em determinar a origem das ameaças aos seus agentes, houve desgaste gerado por tal insegurança nas
relações entre os dois principais serviços de segurança dos EUA, i.e., CIA e FBI.
Mr Lee deixou a CIA em 2007, e
passou a viver em Hong-Kong onde trabalhava para conhecido leiloeiro. Detido no aeroporto Kennedy, em New York, na
segunda-feira, e conduzido perante um juiz federal, na Virgínia do Norte, onde foi
acusado de retenção ilegal de informações relativas à defesa nacional.
A dezesseis do corrente, fez sua primeira aparição na Corte Federal de Brooklyn. Lá ficará
detido enquanto aguarda transferência para a Virgínia. As providências para a sua acusação nos
tribunais foram adotadas pelo FBI
neste sábado, ao ficar ciente de sua viagem para os EUA. Por ora, Mr Lee não
constituíu advogado.
Anteriormente, Mr Lee viajara em
2012 para os Estados Unidos, afim de viver com a própria família na Virgínia.
Foi nessa naquela viagem que a sua bagagem foi revistada pelos agentes do FBI.
Encontraram dois pequenos livretos com
notas manuscritas contendo informações confidenciais. Mais tarde, Lee retorna a Hong Kong, depois de interrogado por agentes do FBI em 2013.
Ignora-se porque Mr Lee arriscou a
prisão ao viajar neste mês para os Estados Unidos. Nos livretos achados pelos agentes, Mr Lee escrevera detalhes acerca de encontros entre informantes da CIA e agentes secretos (undercover), assim como os seus nomes
verdadeiros e os números de telefone, segundo os anais da Corte. Promotores
disseram que o material nesses livrinhos refletira a mesma informação
transmitida por telegramas confidenciais.
( Fonte: The New York Times )
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