quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Prisão de agente da CIA

                              

     Vem a público a prisão de antigo agente da CIA, suspeito pela contra-espionagem americana de ajudar a RPC em desmantelar operações estadunidenses, inclusive identificando informantes.  O colapso da rede de espionagem americana representa, em anos recentes, um dos mais graves fracassos de Washington no campo ultrassensível de defesa da soberania da Superpotência.
      A prisão do ex-agente Jerry Chun Shing Lee, de 53 anos, resultou de intensa investigação, começada cerca de 2012, dois após a CIA começa a perder agentes na China.
       O enigma que confrontou por muito tempo a CIA estava em descobrir como tantas fontes da inteligência americana, dentre os segredos mais bem guardados  da Agência, terminavam presos pela RPC.
       Surgiram diversas teorias. Alguns acreditaram  que informante dentro da CIA (mole) estaria repassando a Beijing a lista de seus agentes.  Outros, alvitraram  que hackers chineses tinham penetrado no sistema de comunicação de Tio Sam para contactar as suas fontes de informação dentro da própria China.
         Com a insegurança gerada pela falha em determinar a origem das ameaças aos seus agentes,  houve desgaste gerado por tal insegurança nas relações entre os dois principais serviços de segurança dos EUA, i.e., CIA e FBI.
        Mr Lee  deixou a CIA em 2007, e passou a viver em Hong-Kong onde trabalhava para conhecido leiloeiro.  Detido no aeroporto Kennedy, em New York, na segunda-feira, e conduzido perante um juiz federal, na Virgínia do Norte, onde foi acusado de retenção ilegal de informações relativas à defesa nacional.
         A dezesseis do corrente, fez sua primeira aparição  na Corte Federal de Brooklyn. Lá ficará detido enquanto aguarda transferência para a Virgínia.  As providências para a sua acusação nos tribunais foram adotadas pelo FBI neste sábado, ao ficar ciente de sua viagem para os EUA. Por ora, Mr Lee não constituíu  advogado.

        Anteriormente, Mr Lee  viajara em 2012 para os Estados Unidos, afim de viver com a própria família na Virgínia. Foi nessa naquela viagem que a sua bagagem foi revistada pelos agentes do FBI. Encontraram  dois pequenos livretos com notas manuscritas contendo informações confidenciais. Mais tarde, Lee retorna a Hong Kong, depois de interrogado por agentes do FBI em 2013.
            Ignora-se porque Mr Lee arriscou a prisão ao viajar neste mês para os Estados Unidos.  Nos livretos achados pelos agentes, Mr Lee escrevera detalhes acerca de encontros entre informantes da CIA e agentes secretos (undercover), assim como os seus nomes verdadeiros e os números de telefone, segundo os anais da Corte. Promotores disseram que o material nesses livrinhos refletira a mesma informação transmitida por telegramas confidenciais.


( Fonte:  The New York Times )  

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