segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Colcha de Retalhos F 5

                           

Febra Amarela: erros do governo

        O avanço dos casos de febre amarela no Brasil foi precedido,  segundo parecer de especialistas, por uma série de erros: problemas de planejamento, tímida vigilância das áreas que deveriam receber a vacina, e falta de senso de urgência diante de evidência de que o vírus se aproximava da região mais populosa do Brasil.
       Por outro lado,dados oficiais não batem. Segundo Ministério da Saúde, desde julho de 2017 foram confirmados 130 casos. Na contagem do governo Geraldo Alckmin (PSDB) são 134 só em cidades paulistas, com 52 mortes. No Rio, foram 26 pessoas infectadas, só neste ano
       Para especialistas, a imunização deveria ter começado no ano passado. No interior de São Paulo e na região metropolitana, nove em cada dez casos ocorrem em locais fora do mapa de recomendação da vacina.
       Até agora, todos os casos de transmissão no país foram silvestres (macacos infectados picados por mosquitos, que transmitem a doença para pessoas).

       Por fim, o Ministro Ricardo Barros (Saúde) diz que não era possível "adivinhar" as áreas por onde o vírus circularia. Segundo ele, o mapa da va- cinação não foi expandido  por causa dos riscos de efeitos adversos.


Entrevista de Gleisi Hoffmann à Folha  (Excertos)

Folha - Antes da condenação de Lula, a senhora usou a expressão "vai ter que matar gente", caso ele fosse preso. Agora a  detenção pode ser efetivada. O que deve acontecer?
Gleisi Hoffmann   Nós ainda temos recursos judiciais para apresentar tanto ao STJ, quanto ao STF. Não acredito que a corte suprema vá deixar acontecer uma barbaridade dessas. Seria uma violência não só contra o Lula, mas contra a democracia e o povo brasileiro, pela representatividade que ele tem no país.


Folha - Mas o argumento da representatividade não pode justificar que ele não seja preso, se a lei prevê essa possibilidade.
Gleisi Hoffmann         Nós  entendemos que a sentença do TRF-4 é eminentemente política.  Não há provas  (contra Lula). Evidências não podem condenar ninguém. O STF vai recolocar as coisas nos eixos. Nós avaliamos que o tribunal não permitirá essa violência.
          Esse processo dá margem a todos os recursos possíveis e imagináveis. Ele tem problemas de conteúdo, de uma condenação sem prova e sem crime, e problemas formais que podem gerar nulidade.


 Folha -  Vocês esperavam uma condenação tão dura no TRF-4 ?
 Gleisi Hoffmann     Eles aumentaram a pena. Quiseram mostrar que quem manda são eles, o andar de cima - ainda que esse mandar rompa totalmente com o pacto constitucional de 1988, que considera o voto popular a coisa mais importante da democracia brasileira.
             O que acontece de efetivamente democrático nesse país?  A cada dois anos o povo é chamado à urnas para se manifestar.  E agora querem retirar esse direito do povo brasileiro?  É um pouco demais, né?
              Lula tem 40% nas pesquisas e querem impedir que as pessoas manifestem o seu voto. Estamos num processo de ruptura constitucional. Temos que ter um enfrentamento.


 ( Fonte: Folha de S. Paulo )      





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