Não
será através de eleição democrática que o povo venezuelano se livrará de
Nicolás Maduro.
A
razão é muito simples. Na ditadura de Maduro uma eleição livre é
impossível.
Como
na antiga Europa oriental, então dominada pela União Soviética, o
domínio de Moscou garantia o império soviético. Episódios como os da Hungria e
da Tchecoslováquia só podiam terminar com malogro e rendição. Esse império neo-colonial somente se desfaria quando Gorbachev cria a
perestroika e a glasnost, permitindo que a idéia da liberdade permeie os regimes vassalos comunistas da época.
O domínio
pela ditadura de Maduro do povo venezuelano só se desfará pelo caos interno,
causado e continuamente agravado pela hiper- inflação e as condições extremas lá prevalecentes.
Para tanto, as únicas perspectivas de novo governo na terra de Bolívar são um
aut - aut cruel. Ou ditadura militar ou outra ditadura neo-chavista, ligada ao
narco-tráfico como a presente.
Ao
lançar cinicamente o seu projeto de continuação no poder e na desordem
generalizada da Venezuela, Maduro cuidou
de inviabilizar qual-quer candidato que possa derrubá-lo pelo voto livre.
Como já verificado em outros pleitos, em nível estadual, não mais existem na pobre Venezuela condições
mínimas que assegurem a realização de um pleito livre.
Mas
o cinismo do ditador Maduro não deseja
correr qualquer risco. Por isso, em uma manobra de um despudorado descaramento,
Nicolás Maduro trata de não correr qualquer risco.
Assim, os grandes nomes políticos, aqueles
conhecidos e respeitados pelo eleitorado,
não podem concorrer, impedidos
que estão por falsas condenações. As portas das urnas democráticas estão cerradas para
- Henrique Capriles, que concorreu com
Maduro para suceder ao falecido Hugo
Chávez, e que perdeu a eleição de modo bastante suspeito;
- Leopoldo
López, hoje cumpre pena por
incitar protestos em 2014, que é outro
pretexto para neutralizá-lo politicamente.
Foi "condenado" a 14
anos de prisão por alegadamente incitar protestos violentos, e hoje, por
pressão internacional está em prisão domiciliar;
- Freddy Guevara, ex-vice presidente do Parlamento, está
asilado na missão do Chile, após "a Justiça" ter-lhe retirado o
foro privilegiado e havê-lo impedido de
deixar o país;
e Antonio
Ledezma, condenado por falsas acusações relativas a violência e tentativas
de desestabilização da Venezuela,
conseguiu sair do país em novembro último do país, em rocambolesca fuga.
(
Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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