Apesar da situação de José Maria Marin, detido na Suiça, e
transportado para os Estados Unidos pelo FBI, aonde foi julgado e condenado, o
seu anterior vice - a ponto de
encontrar-se em Zurique quando da detenção de Marin, o que motivara a fuga de
Del Nero para o Brasil - Marco Polo del Nero continua na prática no poder da
CBF.
Conforme noticia o Estado de S. Paulo,
oficialmente del Nero está suspenso de todas as atividades do futebol, sejam nacionais ou internacionais.
Nesse sentido, sequer pode ir até seu
escritório na CBF nem despachar, muito menos
organizar uma eventual eleição. Não obstante, mesmo à distância, ele
continua a controlar a respectiva entidade. Para tanto, tem o respaldo da própria diretoria, montada estrategicamente antes de seu afastamento.
A razão da situação é a
seguinte: em fins de 2017, a FIFA o afasta
por suspeita de corrupção, e até abril promete julgá-lo. Como se considera
inocente, Del Nero diz - intra muros - que vai provar a respectiva inocência, e
que em tal sentido o exame da FIFA é a oportunidade para que tudo seja
esclarecido.
Por conseguinte, quem ocupa atualmente
a presidência da CBF é o vice-presidente coronel Antonio Nunes, aliado de Del
Nero. Na verdade, quem determina à distância - de todas as
decisões, tanto técnicas quanto políticas - é o próprio Del Nero, graças a uma
rede adrede estabelecida. Nunes apenas assina os documentos.
A Fifa inclusive, depois de dois anos
de suspensão de pagamentos, voltou a
fazer depósitos de prêmios atrasados e
das contribuições anualmente devidas. A
razão da suspensão se devera à prisão de
José Maria Marin, detido na Suiça e transportado para os Estados Unidos, e do
indiciamento de Del Nero.
Por causa da não-intervenção dos
órgãos oficiais do governo brasileiro, que agem como se nada fora, fica por
conta do paredro Del Nero a determinação de quando vá acontecer a próxima
eleição na CBF. Por ora, está
descartado o projeto de realizar a
votação em abril. Se Del Nero for inocentado, ele voltaria ao poder em maio
vindouro. De acordo com o Estadão, se evitaria um pleito às vésperas da Copa do
Mundo. Nesse sentido, a votação poderia
ser 'empurrada' até abril de 2019.
Se Marco Polo del Nero for
eventualmente banido do sport, a eleição deverá ocorrer entre o final de 2018 e
abril de 2019.
Não obstante, por razões não
esclarecidas, há indicações do próprio
Del Nero de que o sucessor passará pelo próprio crivo. O óbvio escopo é colocar pessoa que possa
"blindá-lo" em caso de pressão da Justiça brasileira.
Procurada pela reportagem do
Estadão, a CBF não retornou. A FIFA pode
também levar esse caso para o seu Comitê de Disciplina.
E ao Governo da República, não
haveria motivo para conhecer do assunto?
( Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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