A ditadura turca de Erdogan
mostra pelo seu comportamento na crise da Síria a pouca importância que, na
atualidade, dá aos Estados Unidos
do presidente Trump.
Apesar de Washington haver pedido
'comedimento' à Turquia, o ditador Erdogan fez ouvidos moucos à
solicitação estadunidense. As tropas da Turquia - que adentraram a Síria
- ignoraram na prática os pedidos de Washington de 'comedimento', no que tange
aos seus ousados ataques (em território sírio) contra as milícias curdas.
A YPG, Unidades de Proteção do Povo, designam as milícias curdas, e estão na Síria a pedido de Washington. Apesar das instâncias de moderação de parte
da Superpotência, o ditador Recep Tayyip
Erdogan não lhes deu qualquer atenção,
não levando sequer em conta que os curdos - que são bons guerreiros - lá
se acham a pedido americano, no sentido de participarem dos combates contra os
guerrilheiros radicais ainda infiltrados em terras sírias sob o domínio
nominal de Bashar al-Assad.
Os curdos constituem grande
minoria na Turquia. Nessa condição e apesar de terem tido representação no
parlamento turco (que está cerrado desde a suposta tentativa de insurreição para
derrubar Erdogan), os curdos constituem etnia perseguida na Turquia.
Maltratados na Turquia, apesar de
seu número, a etnia curda teve
representação no Parlamento (hoje fechado pela ditadura) e, tangidos pela surda
e pertinaz hostilidade turca, oscilam
entre a resistência e tentativas de composição.
O comportamento dos curdos na
Turquia me lembra o provérbio francês: il est un animal très méchant, lorsqu'on l'ataque il se défend...[1]
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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