É bater em ferro quente dizer que o ministério de Michel Temer está
marcado pela mediocridade.
Mas o caso da filha de Roberto
Jefferson, o do Mensalão, já adentrou o
bosque do patético. Com uma ficha para muitos deplorável, o próprio pai talvez se tenha precipitado ao
ver na distinção à Cristiane Brasil a própria redenção de agravos passados.
Não direi que o curriculum vitae
da Senhora Cristiane se equipare à ficha paterna, mas a ficha da filha a tem, por ora, impedido
a posse como ministra do Trabalho. Agora, o TRF da 2ª Região manteve a
suspensão da posse: Cristiane foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas a um
ex-motorista.
A deputada descarta a desistência do cargo: "Não é uma possibilidade" afirma a interessada.
É quase patético que Michel Temer resolva recorrer até ao Supremo diante
de um caso desses. Se já não parece ser a augurada redenção de Roberto
Jefferson do Mensalão, semelha pelo menos difícil que o STF de Cármen Lúcia venha
associar-se a esta opera buffa.
O gabinete Temer já não prima pelo
excelso. Mas, convenhamos, que, no caso, exagera.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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