A cena que nos é
trazida pelas agências de notícia cria a princípio uma certa perplexidade.
Trata-se de um telefonema do
presidente da Superpotência Donald Trump
feito ontem, 24 de janeiro corrente, dirigido ao presidente (na verdade, ditador)
da Turquia, Recep Erdogan, em que Trump pede
que o presidente turco limite suas operações militares - lançadas
contras as milícias curdas na cidade síria de Afrin - de modo a evitar a morte
de civis e o aumento de refugiados.
Segundo a Casa Branca, Trump pediu a Erdogan que evite ações que possam levar a confrontos entre as forças
turcas e americanas na Síria. Horas
antes, Erdogan tinha anunciado que a Turquia pretendia ampliar suas operações militares à cidade de
Manbech, uma iniciativa que se confirmada poderia levar a choques com seu
aliado americano na Otan.
Essa operação aérea e terrestre da Turquia, que está no seu sexto dia, tem como alvo as milícias curdas, apoiadas pelas
forças estadunidenses, na cidade de Afrin. Erdogan considera a milícia
curda - Unidades de Proteção Popular
(YPG) - uma extensão dos insurgentes curdos que há trinta anos lutam pela criação de um Curdistão independente na
Turquia.
Mais de 2000 membros das forças
especiais americanas atuam ao lado das
YPG contra o Estado Islâmico a leste do Rio Eufrates, onde os radicais do ISIS
mantém seus últimos enclaves na Síria.
Também a ampliação da ofensiva até
Manbech, a cerca de cem km de Afrin,
pode também ameaçar os planos
estadunidenses de estabilizar uma grande parte do nordeste da Síria.
Ontem, Erdogan acusou o
ex-presidente Barack Obama de ter enganado seu país ao não cumprir a promessa de
expulsar os "terroristas" da área de Manbech, ocupada pelas milícias
da YPG desde 2016. "Manbech é 95% árabe. Não há curdos ali. Não cumpriram
sua promessa.", disse Erdogan, assegurando que limpará completamente a fronteira de 'terroristas'
(se presume que se refere aos curdos).
O presidente turco afirmou ainda
que houve entre sete e oito baixas entre suas tropas e seus aliados do Exército
Livre Sírio. Ao mesmo tempo, estimou em 268 as baixas entre as YPG.
As autoridades turcas detiveram
até agora 150 pessoas por criticarem nas redes sociais a invasão militar do
enclave curdo de Afrin (segundo informa a agência turca Anadolu).
Nota.
A notícia acima,que dá a forte impressão de ser de procedência turca, fala bastante
sobre o presidente Recep Tayyip Erdogan, e o que ele quer que se faça naquela área da Síria. O despacho de agência começa com um pedido do Presidente Trump a Erdogan para que evite ações que
possam levar a confrontos entre as forças turcas e americanas na Síria.´
Nenhum comentário:
Postar um comentário