quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Trump telefona a Erdogan

                              

       A cena que nos é trazida pelas agências de notícia cria a princípio uma certa perplexidade
        Trata-se de um telefonema do presidente  da Superpotência Donald Trump feito ontem, 24 de janeiro corrente, dirigido ao presidente (na verdade, ditador) da Turquia, Recep Erdogan, em que Trump pede  que o presidente turco  limite suas operações militares - lançadas contras as milícias curdas na cidade síria de Afrin - de modo a evitar a morte de civis  e o aumento de refugiados.
         Segundo a Casa Branca, Trump  pediu a Erdogan que evite ações  que possam levar a confrontos entre as forças turcas e americanas na Síria.  Horas antes, Erdogan tinha anunciado que a Turquia pretendia  ampliar suas operações militares à cidade de Manbech, uma iniciativa que se confirmada poderia levar a choques com seu aliado americano na Otan.
          Essa operação aérea e terrestre  da Turquia, que está no seu sexto dia,  tem como alvo as milícias curdas, apoiadas pelas forças estadunidenses, na cidade de Afrin. Erdogan considera a milícia curda  - Unidades de Proteção Popular (YPG) - uma extensão dos insurgentes curdos que há trinta anos lutam  pela criação de um Curdistão independente na Turquia.
           Mais de 2000 membros das forças especiais americanas atuam ao lado  das YPG contra o Estado Islâmico a leste do Rio Eufrates, onde os radicais do ISIS mantém seus últimos enclaves na Síria.
           Também a ampliação da ofensiva até Manbech, a cerca de cem km de Afrin,  pode também ameaçar  os planos estadunidenses de estabilizar uma grande parte do nordeste da Síria.
           Ontem, Erdogan acusou o ex-presidente Barack Obama de ter enganado seu país ao não cumprir a promessa de expulsar os "terroristas" da área de Manbech, ocupada pelas milícias da YPG desde 2016. "Manbech é 95% árabe. Não há curdos ali. Não cumpriram sua promessa.", disse Erdogan, assegurando que limpará  completamente a fronteira de 'terroristas' (se presume que se refere aos curdos).
             O presidente turco afirmou ainda que houve entre sete e oito baixas entre suas tropas e seus aliados do Exército Livre Sírio. Ao mesmo tempo, estimou em 268 as baixas entre as YPG. 
             As autoridades turcas detiveram até agora 150 pessoas por criticarem nas redes sociais a invasão militar do enclave curdo de Afrin (segundo informa a agência turca Anadolu).

Nota. A notícia acima,que dá a forte impressão de ser de procedência turca, fala bastante sobre o presidente Recep Tayyip Erdogan, e o que ele quer que se faça naquela área da Síria.  O despacho de agência começa com um pedido do Presidente Trump a Erdogan para que evite ações que possam levar a confrontos entre as forças turcas e americanas na Síria.´

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