A presidente
do Supremo, a Ministra Cármen Lúcia,
diante da série de rebeliões no sistema de prisões de
Goiás - o que seria o arquipélago de gulags naquele estado - realizou uma
visita ao Estado, para de visu
examinar o sistema prisional goiano.
Essa tem sido a atitude presencial - e
corajosa - de Cármen Lúcia, com que pretende exercer maior presença no sistema,
não fosse outrossim para mostrar a preocupação da maior instância de nosso
sistema judiciário com a crise evidenciada em tantos presídios.
Sem embargo, a Presidente Cármen Lúcia
acedeu às instâncias, de parte do próprio presidente do TJ-GO, Desembargador Gilberto Marques Filho, de não ir: "Não
seria prudente (ela se) expor, embora ela quisesse ir, a convenci para que não
fosse, porque não havia necessidade. O que
ela vai ver é o que eu já vi e narrei a ela. Perigo há pra qualquer um, eu próprio
fui ciente do risco", admitiu ao
Estadão o presidente do TJ-GO.
A despeito de a visita de Cármen
Lúcia ter sido cancelada por óbvia ameaça à segurança da autoridade, o
governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou que, sem embargo, ela estaria
protegida, caso conferisse pessoalmente a situação do presídio. "O
presidente do Tribunal de Justiça esteve lá, foi recebido com total segurança.
Se a presidente do Supremo quiser ir lá agora, terá total e absoluta segurança
para a visita."
Acabou prevalecendo, no entanto, o bom
senso, e ás óbvias considerações de segurança, e assim as autoridades referidas
acima aconselharam Cármen Lúcia a não ir.
A conclusão foi dada por nota do
Governo goiano de Marconi Perillo: a visita da Presidente ministra Cármen Lúcia
não foi "para vistoriar presídios, mas para discutir medidas e estratégias
para o sistema prisional local e nacional."
( Fontes: Estado de S. Paulo e A. Soljennitzin)
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