terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Cármen Lúcia desiste de visitar presídio

                    

        A presidente do Supremo, a Ministra Cármen Lúcia, diante da   série de rebeliões no sistema de prisões de Goiás - o que seria o arquipélago de gulags naquele estado - realizou uma visita ao Estado, para de visu examinar o sistema prisional goiano.
         Essa tem sido a atitude presencial - e corajosa - de Cármen Lúcia, com que pretende exercer maior presença no sistema, não fosse outrossim para mostrar a preocupação da maior instância de nosso sistema judiciário com a crise evidenciada em tantos presídios.
         Sem embargo, a Presidente Cármen Lúcia acedeu às instâncias, de parte do próprio presidente do TJ-GO, Desembargador  Gilberto Marques Filho, de não ir: "Não seria prudente (ela se) expor, embora ela quisesse ir, a convenci para que não fosse, porque não havia necessidade.  O que ela vai ver é o que eu já vi e narrei a ela. Perigo há pra qualquer um, eu próprio fui ciente do risco", admitiu  ao Estadão o presidente do TJ-GO.
           A despeito de a visita de Cármen Lúcia ter sido cancelada por óbvia ameaça à segurança da autoridade, o governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou que, sem embargo, ela estaria protegida, caso conferisse pessoalmente a situação do presídio. "O presidente do Tribunal de Justiça esteve lá, foi recebido com total segurança. Se a presidente do Supremo quiser ir lá agora, terá total e absoluta segurança para a visita."
            Acabou prevalecendo, no entanto, o bom senso, e ás óbvias considerações de segurança, e assim as autoridades referidas acima aconselharam Cármen Lúcia a não ir.
             A conclusão foi dada por nota do Governo goiano de Marconi Perillo: a visita da Presidente ministra Cármen Lúcia não foi "para vistoriar presídios, mas para discutir medidas e estratégias para o sistema prisional local e nacional."


( Fontes: Estado de S. Paulo e A. Soljennitzin)

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