quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Lula condenado em 2ª Instância

                    


       O TF4º condenou Lula por unanimidade, e elevou-lhe a pena para doze anos e um mês (ao invés de nove anos e seis meses), em regime fechado.  Dessarte, se a condenação (por corrupção) pelo Juiz Sérgio Moro é confirmada, nenhum dos desembargadores discrepa quanto à condenação, e por isso os eventuais recursos da banca defensora se restringirão  a embargos de declaração.  São afastados, ipso jure, os embargos infringentes que dariam oportunidade a uma eventual reconsideração dos termos da sentença. Já os embargos de declaração servem unicamente para esclarecer eventuais questões obscuras na sentença e, por conseguinte, a sua capacidade de atrasar a discussão jurídica fica bastante restrita.
       Lula foi considerado culpado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pela circunstância de ter recebido o apartamento como propina da empreiteira OAS.
       Para os três magistrados, o fato de Lula haver ocupado o mais alto cargo do país tornava necessário o agravamento da pena. "É um elemento importantíssimo", disse o revisor da ação, Leandro Paulsen.
       Não houve, entretanto, ordem de prisão imediata. De acordo com a súmula  do TRF, o cumprimento da pena deve ter início após o esgotamento dos recursos na segunda instância. Além da apresentação dos embargos de declaração na corte pela defesa do ex-presidente, também pode haver apelação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
         Ipso facto, Lula está enquadrado  na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis os condenados  em órgão colegiado, como o TRF 4º.
         A cassação de eventual candidatura à presidência ocorreria apenas no período de campanha, a partir de agosto.
         Como assinala a Folha, essa determinação deve levar o PT a insistir no nome de Lula publicamente.  Sem embargo, a política sendo a política (a arte do possível), já se veicula a possibilidade, segundo a mesma Folha, de que o PT venha a substituí-lo.

( Fontes: Folha de S. Paulo,  O Estado de S. Paulo )

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