sábado, 27 de janeiro de 2018

Derrota da Boeing pode beneficiar Embraer

                   
        Como se sabe, a principal concorrente da Embraer na aviação regional  é a canadense Bombardier. Esta companhia teve importante vitória comercial na disputa com a Boeing, nos Estados Unidos.
       A agência federal americana que regula as taxas de importação dos EUA derrubou uma taxa de 292% que o governo Trump impusera em dezembro, dentro de sua visão protecionista, sobre os aviões da linha CSeries, modelo regional da Bombardier (o seu principal competidor é a linha E2, da Embraer. Tanto o modelo canadense, quanto o brasileiro são integrantes da nova geração de aeronaves dessa categoria (aviação regional).
         Esse retorno ao mais deslavado protecionismo, que é típico da "filosofia" retrô de Donald Trump, foi derrubado pela agência Comissão do Comércio Internacional dos EUA, e de forma unânime.
         A Folha considera a Cseries (Bombardier) e a E2 (Embraer) são o futuro do nicho de aparelhos entre 70 e 130 passageiros, dominado hoje pela atual geração de jatos regionais da Embraer (46% das vendas mundiais). A Bombardier tem, por sua vez, 34%.As duas empresas tem longo histórico de contenciosos, com vantagem para a brasileira, em fóruns internacionais.
           Com isso, as negociações para a associação da Embraer com a Boeing deverão ser aceleradas, para fazer frente à previsível demanda pelos aviões da CSeries nos EUA. Por fim, cumpre notar que o Governo brasileiro - que possui poder de veto nos negócios da Embraer, como herança  de seu processo de privatização - rejeita a venda do  controle para os americanos.
             Nesse sentido, está sendo estudada uma associação, cujas arestas estão sendo trabalhadas acerca da composição acionária e questões de soberania de programas militares.


( Fonte:  Folha de S. Paulo - mercado A17 )

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