Como se sabe, a principal concorrente da
Embraer na aviação regional é a canadense Bombardier. Esta companhia teve importante vitória comercial na
disputa com a Boeing, nos Estados
Unidos.
A agência federal americana que regula
as taxas de importação dos EUA derrubou uma taxa de 292% que o governo Trump
impusera em dezembro, dentro de sua visão protecionista, sobre os aviões da
linha CSeries, modelo regional da Bombardier (o seu principal competidor
é a linha E2, da Embraer. Tanto o
modelo canadense, quanto o brasileiro são integrantes da nova geração de
aeronaves dessa categoria (aviação regional).
Esse retorno ao mais deslavado
protecionismo, que é típico da "filosofia" retrô de Donald Trump, foi derrubado pela agência
Comissão do Comércio Internacional dos EUA, e de forma unânime.
A Folha considera a Cseries
(Bombardier) e a E2 (Embraer) são o
futuro do nicho de aparelhos entre 70 e 130 passageiros, dominado hoje pela
atual geração de jatos regionais da Embraer (46% das vendas mundiais). A Bombardier tem, por sua vez, 34%.As duas
empresas tem longo histórico de contenciosos, com vantagem para a brasileira,
em fóruns internacionais.
Com isso, as negociações para a
associação da Embraer com a Boeing deverão ser aceleradas, para
fazer frente à previsível demanda pelos aviões da CSeries nos EUA. Por fim, cumpre notar que o Governo brasileiro - que
possui poder de veto nos negócios da Embraer,
como herança de seu processo de
privatização - rejeita a venda do
controle para os americanos.
Nesse sentido, está sendo estudada
uma associação, cujas arestas estão sendo trabalhadas acerca da composição acionária e
questões de soberania de programas militares.
(
Fonte: Folha de S. Paulo - mercado A17 )
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