Maduro e seus esbirros, entre outros malfeitos, se esmeram nos
atos de repressão aos órgaõs críticos da imprensa.
Como em todas as ditaduras, a verdade será sempre a vítima da vez.
A coragem dos órgãos da imprensa é artigo de circulação rara na pobre Venezuela
desse ditador de fancaria, que nascido nos lençóis da fraude e de sua irmã-gêmea,
a intimidação, pensa poder, precipitada ou abruptamente, sufocar, em seus
eventuais vagidos, quaisquer manifestações que visem ventilar as vascas da
vertiginosa agonia em que se debate a pútrida, mas pertinaz, e a peçonhenta,
purulenta criatura que nas más horas de sua agonia, deixara o nobre e homenageado
patriarca antecessor, como cruel dádiva para a antes celebrada democracia - que
qual solitária tocha atravessara por décadas o breu das ditaduras militares -
esse helênico presente do festejado falso: a ladronice aos píncaros elevada, a
fome nos casebres e nas favelas sedulamente implantada, o medo dos justos e dos
que não rezam pela cartilha da turba de Maduro, porque vêem as prateleiras das
farmácias e drogarias vazias de remédios,
os mercados afundando-se sempre mais na escassez dos gêneros
alimentícios, e o torpe mercado negro se espalhando pelo país, vorazes vizinhos
da desgraça e da miséria, que os venezuelanos verão muito longe dos palácios dos poderosos.
Herança de desgraças esta, que lega ao Povo e àqueles que não se
prostituem, enjeitando os amargos enganos da ditadura, que prepara, nos salões
de Miraflores, Maduro e sua grei.
A verdade é a perseguida da vez na
terra de Simón Bolívar. Através de cínica, cavilosa conjura, o ditador ora se
empenha em prostituir e achincalhar os símbolos da Liberdade, que em tornar
espúrios se apressa. Traz para a terra do Libertador a Constituinte da Mentira,
presidida, ou melhor encabeçada, pela triste, irrequieta personagem de Delcy
Rodriguez, a qual nascida da torpeza e dos truques das cortesãs à venda, desenha
os cenários da mentira, com que se propõe mascarar a miséria, o embuste alimentar
e sua filha maldita, que é a fome.
Entrementes, Maduro e sua nobre,
rubicunda cambada - protegidos por forças pretorianas, a quem o Tirano trata de
alimentar simbólica e materialmente de copiosa maneira - se empenham no torpe
festival da ladroagem e de sua cordata prima-irmã, dona incompetência.
À sua volta, dormem a sono solto e
torpes roncos, as retóricas figuras da Justiça e da boa Governança, enquanto em
plagas longínquas os supostos doutos jurisconsultos discutem sobre o sexo dos
anjos e bosquejam comoventes retratos da funda miséria - não só de carnes, mas
de gêneros de toda sorte - a que foi entregue a infeliz gente das plagas de
Bolívar.
Para quê? para nada! como diria o celebrado, nordestino
poeta.
( Fontes: O
Estado de S. Paulo; Ascenso Ferreira )
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