segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A "compra" da Aprovação da Reforma

                       
        Está em todos os jornais que Rodrigo Maia sai fortalecido para acertar a aprovação da Previdência. Segundo os principais jornais, o Presidente da Câmara negociará com o Centrão, para tanto autorizado por Michel Temer.
         Como se sabe, o novo titular do Ministério das Cidades Alexandre Baldy foi indicado pelo Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Nesse sentido, igualmente autorizado pelo Presidente Temer, Maia  irá negociar com os partido do Centrão a distribuição das quatro secretarias do referido Ministério das Cidades.
          Além de emplacar, portanto, um amigo pessoal, Baldy, como Mi-nistro das Cidades,  Maia vai dividir com os partidos que compõem o chamado  Centrão (PP, PSD, PR, PRB, PTB e PSC)Secretaria-Executiva e as Secretarias de Habitação, Saneamento, Desenvolvimento Urbano e de Mobilidade Urbana.
           Devidamente entrosado com o Presidente,  Rodrigo Maia(DEM), ajudará Temer na reforma ministerial  e na tentativa de segurar  votos do PSDB. Nesse sentido, Temer negocia o remanejamento do ministro Antonio Imbassahy, hoje na Secretaria-Geral de Governo, para outra pasta. Em tal contexto, não se exclui a possibilidade de que venha a assumir o lugar de Luislinda Valois, também do PSDB, para a Secretaria de Direitos Humanos.
             Durante esse fim de semana, também reservado à definição de estratégias para a aprovação da reforma da Previdência, houve encontros de Temer com Maia, diversos Ministros e líderes do Governo.  No mesmo sentido,  o Presidente pedirá voto e empenho dos Prefeitos (que irão a Brasília nesta 4ª feira; terá um agenda com governadores e dará jantar no Palácio da Alvorada aos deputados da base de apoio, presidentes de Câmara e Senado, e ministros.  No encontro, o economista José Márcio Camargo  e a equipe técnica do Ministério da Fazenda vão falar  da necessidade da aprovação da reforma da Previdência para o país.
            Fundamental para essa renovada movimentação, foi a reaproxi-mação dos Presidentes Temer e Maia. Este último vinha marcando a própria insatisfação nas passadas semanas com a recusa de medidas provisórias e várias manifestações sobre a alegada dificuldade de aprovar a Reforma da Previdência.
             Depois do acima mencionado encontro no sábado, dezoito de novembro, entre o Presidente Temer e o Presidente Maia,  Rodrigo Maia passou a fazer  enfática defesa da proposta presidencial.
              Em declaração a O Globo assim se manifestou o Presidente da Câmara: "Sem a reforma da Previdência, o Brasil vai quebrar, não chega a 2019. Vamos mostrar os números para os partidos da base.  Os brasileiros de menor renda precisam da reforma."
               Segundo transpirou, no encontro com Temer, ministros e líderes, Maia sugeriu iniciar  a votação da reforma na primeira semana de dezembro. Amanhã, terça-feira,  Maia reunirá  os líderes dos partidos da base para discutir a proposta. A intenção é fechar o texto no jantar de quarta-feira, 22 de novembro. Todos os detalhes estão sendo fechados com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que ontem à noite esteve na Residência Oficial  de Maia:  Além de idade mínima de 65 para homens e 62 anos para mulheres, com regra de transição, a equipe econômica quer a convergência de regras entre setor privado e público, mudanças do cálculo da aposentadoria,alterações no valor da pensão e teto para acumular benefícios. Para facilitar a votação, foram retirados da proposta trabalhadores rurais e benefícios assistenciais (pagos a idosos de baixa renda).
               No entanto, segundo o vice-líder do governo na Câmara, Pau-derney Avelino (DEM-AM), Maia ficou com a responsabilidade de "pilotar"  os partidos do Centrão a favor da aprovação da proposta. A esse propósito, se reportou que "O presidente Temer está muito confiante nessa condução de Rodrigo Maia."
Os números da Proposta.
                   Segundo as contas de um auxiliar de Temer, o Executivo teria  em torno de 220 votos  (já consagrados no chamado núcleo duro em votações anteriores).
                   Como se trata de Emenda à Constituição, são necessários  para a aprovação 308 votos.  Por conseguinte,segundo destacou o Vice- Líder do Governo,deputado Beto Mansur (PRB-SP)  é   necessário carimbar  pelo menos mais cem votos para por a reforma em votação no plenário.
                    A Executiva do PSDB se reúne na próxima 4ª feira para definir posicionamento sobre a votação  da Reforma da Previdência. Os defensores do desembarque do Governo alegam que, mesmo fora, os tucanos continuariam apoiando a agenda das reformas. Ontem, após receber a visita de Meirelles, Maia também recebeu o ministro Imbassahy para discutir a continuidade do PSDB no Governo.
                   O nome do atual presidente do Sesi, ex-deputado João Henrique, foi na prática descartado para ocupar a vaga de Imbassahy na Secretaria de Governo. O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), defende que seja alguém com mandato para influenciar na votação da reforma da Previdência. Já líderes de outros partidos da base, defendem que não seja um nome do PMDB, que já ocupa os dois principais cargos do entorno de Temer, Moreira Franco na Secretaria Geral, e Eliseu Padilha, da Casa Civil.
                             Há outrossim uma pressão para o futuro ministro das Cidades, Alexandre Baldy (Podemos-GO) se filie ao PP, do Centrão, que assumiu oficialmente a indicação do goiano. Temer aceitou o nome de Baldy, aliado de Rodrigo Maia, para  igualmente agradar ao presidente da Câmara dos Deputados.


(Fonte:  O Globo) 

Nenhum comentário: