Está em todos os jornais que Rodrigo Maia sai fortalecido para
acertar a aprovação da Previdência. Segundo os principais jornais, o Presidente
da Câmara negociará com o Centrão, para tanto autorizado por Michel Temer.
Como se sabe, o novo titular do
Ministério das Cidades Alexandre Baldy foi indicado pelo
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Nesse sentido, igualmente autorizado pelo
Presidente Temer, Maia irá negociar com
os partido do Centrão a distribuição das quatro secretarias do referido
Ministério das Cidades.
Além de emplacar, portanto, um amigo pessoal, Baldy, como Mi-nistro das
Cidades, Maia vai dividir com os
partidos que compõem o chamado Centrão
(PP, PSD, PR, PRB, PTB e PSC)Secretaria-Executiva e as Secretarias de Habitação,
Saneamento, Desenvolvimento Urbano e de Mobilidade Urbana.
Devidamente entrosado com o
Presidente, Rodrigo Maia(DEM),
ajudará Temer na reforma ministerial e
na tentativa de segurar votos do PSDB. Nesse sentido, Temer negocia o
remanejamento do ministro Antonio Imbassahy, hoje na Secretaria-Geral de
Governo, para outra pasta. Em tal contexto, não se exclui a possibilidade de
que venha a assumir o lugar de Luislinda Valois, também do PSDB, para a
Secretaria de Direitos Humanos.
Durante esse fim de semana, também
reservado à definição de estratégias para a aprovação da reforma da
Previdência, houve encontros de Temer com Maia, diversos Ministros e líderes do
Governo. No mesmo sentido, o Presidente pedirá voto e empenho dos
Prefeitos (que irão a Brasília nesta 4ª feira; terá um agenda com governadores
e dará jantar no Palácio da Alvorada aos deputados da base de apoio, presidentes
de Câmara e Senado, e ministros. No
encontro, o economista José Márcio Camargo
e a equipe técnica do Ministério da Fazenda vão falar da necessidade da aprovação da reforma da
Previdência para o país.
Fundamental
para essa renovada movimentação, foi a reaproxi-mação dos Presidentes Temer e
Maia. Este último vinha marcando a própria insatisfação nas passadas semanas
com a recusa de medidas provisórias e várias manifestações sobre a alegada
dificuldade de aprovar a Reforma da Previdência.
Depois do acima mencionado
encontro no sábado, dezoito de novembro, entre o Presidente Temer e o
Presidente Maia, Rodrigo Maia passou a
fazer enfática defesa da proposta
presidencial.
Em declaração a O Globo assim se manifestou o Presidente
da Câmara: "Sem a reforma da Previdência, o Brasil vai quebrar, não chega
a 2019. Vamos mostrar os números para os partidos da base. Os brasileiros de menor renda precisam da
reforma."
Segundo transpirou, no encontro
com Temer, ministros e líderes, Maia sugeriu iniciar a votação da reforma na primeira semana de
dezembro. Amanhã, terça-feira, Maia
reunirá os líderes dos partidos da base
para discutir a proposta. A intenção é fechar o texto no jantar de
quarta-feira, 22 de novembro. Todos os detalhes estão sendo fechados com o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que ontem à noite esteve na Residência
Oficial de Maia: Além de idade mínima de 65 para homens e 62
anos para mulheres, com regra de transição, a equipe econômica quer a convergência
de regras entre setor privado e público, mudanças do cálculo da aposentadoria,alterações
no valor da pensão e teto para acumular benefícios. Para facilitar a votação,
foram retirados da proposta trabalhadores rurais e benefícios assistenciais
(pagos a idosos de baixa renda).
No entanto, segundo o vice-líder
do governo na Câmara, Pau-derney Avelino (DEM-AM), Maia ficou com a
responsabilidade de "pilotar"
os partidos do Centrão a favor da aprovação da proposta. A esse propósito,
se reportou que "O presidente Temer está muito confiante nessa condução de
Rodrigo Maia."
Os números da Proposta.
Segundo as contas de um
auxiliar de Temer, o Executivo teria em
torno de 220 votos (já consagrados no chamado núcleo duro em
votações anteriores).
Como se trata de Emenda à Constituição, são
necessários para a aprovação 308
votos. Por conseguinte,segundo
destacou o Vice- Líder do Governo,deputado Beto Mansur (PRB-SP) é necessário
carimbar pelo menos mais cem votos para
por a reforma em votação no plenário.
A Executiva do PSDB se reúne na próxima 4ª
feira para definir posicionamento sobre a votação da Reforma da Previdência. Os defensores do
desembarque do Governo alegam que, mesmo fora, os tucanos continuariam apoiando
a agenda das reformas. Ontem, após receber a visita de Meirelles, Maia também
recebeu o ministro Imbassahy para discutir a continuidade do PSDB no Governo.
O nome do atual presidente do Sesi,
ex-deputado João Henrique, foi na prática descartado para ocupar a vaga de
Imbassahy na Secretaria de Governo. O líder do PMDB na Câmara, Baleia
Rossi (SP), defende que seja alguém com mandato para influenciar na
votação da reforma da Previdência. Já líderes de outros partidos da base,
defendem que não seja um nome do PMDB, que já ocupa os dois principais cargos
do entorno de Temer, Moreira Franco
na Secretaria Geral, e Eliseu Padilha,
da Casa Civil.
Há outrossim uma
pressão para o futuro ministro das Cidades, Alexandre Baldy
(Podemos-GO) se filie ao PP, do Centrão, que assumiu oficialmente a indicação
do goiano. Temer aceitou o nome de Baldy, aliado de Rodrigo Maia, para igualmente agradar ao presidente da Câmara
dos Deputados.
(Fonte: O Globo)
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