Continuam as buscas pelo submarino ARA
San Juan. Dada a provável profundidade em que se acham os restos
materiais da nave - mais de três mil
metros - os responsáveis sublinham a extrema dificuldade de trazê-los à tona.
O
ambiente das buscas se caracteriza por um contracenário de denúncias de
corrupção sobre a compra de insumos sem licitação para a Marinha argentina.
Estão igualmente envolvidas as empresas responsáveis pelas baterias da embarcação - que teriam
tido um curto-circuito pouco tempo antes
de a embarcação perder contato com o
continente.
É de notar-se, outrossim, que no governo
de Cristina Kirchner, um pedido de
investigação do ex-deputado da União Cívica Radical Miguel Giubergia foi arquivado por parlamentares do Partido da
Kirchner. O escândalo envolvia pagamento de propina pelas empresas alemãs
Ferrostaal e Hawker, responsáveis pela venda de lanchas militares para a
Marinha argentina. O que é ainda mais
grave, tais empresas venderam as baterias do San Juan, em transações manchadas
pela corrupção, e que foram objeto de auditoria interna no Ministério da
Defesa, já no governo de Maurício Macri.
Segundo o aludido ex-deputado, o
processo violou todas as normas internas de contratação da Marinha e do
governo. "Um diretor da Ferrostal, em Munique, confessou o pagamento de
subornos a funcionários do Estado no valor de Euros 3,5 milhões".
Oficialmente, a Marinha argentina não
considera mortos os 44 tripulantes. Nesse contexto, o comando naval ainda fala
em "condições extremas de
sobrevivência". Mas ninguém mais lhe presta atenção.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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