segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Manuela D'Ávila, candidata do PCdoB

                              

        O caráter da pré-candidatura da deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila à Presidência da República constitui um daqueles fenômenos cuja importância reside não no fato em si, mas no conjunto de circunstâncias que desvela.
          Não é só a primeira vez desde a redemocratização do país que esse partido clientelar do PT lança um nome na disputa pela Presidência da República.
           Não obstante, a presidente do Partido, Luciana Santos declarou ao Estado que a pré-candidatura não afasta o PCdoB do PT, seu aliado histórico. Dando esse viés a uma candidatura sem precedente desse partido,  segundo Luciana Santos declarou  que a decisão de lançar Manuela D'Ávila foi tomada diante da instabilidade política do País "sem comprometer a aliança política que possa haver com o PT lá na frente".

            As reações no PT foram díspares.  Houve quem nas redes sociais comemorasse a candidatura de Manuela (a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT), mas também quem a lamentasse, o Senador Lindbergh Farias: "Respeito o PCdoB, respeito a Manuela, acho que ela é um dos melhores quadros da nova geração. Mas considero a decisão um erro histórico." Nesse sentido, Lindbergh comparou essa decisão à posição dos comunistas em 1954, na crise que levou ao suicídio de Getúlio Vargas. Na época, o  Partidão pressionara pela renúncia.

               Além de perder no caso a referência entre o significado dessa candidatura e a grande crise que levou ao suicídio do Presidente Vargas, a observação do Senador Lindbergh desvela uma certa falta de parâmetros.

               Manuela D'Ávila, de 36 anos,  já cumpriu dois mandatos de deputada federal pelo Rio Grande do Sul, tendo sido a candidata mais votada do Estado nas duas eleições.  Ela foi também dirigente da União Nacional de Estudantes (UNE).


( Fonte: O Estado de S. Paulo )                   

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