Vejo presidentes lutando para equilibrar
receitas e despesas do Estado, mas por vezes a liberalidade demonstrada pela
atual legislação provoca estupefação.
Primo, parece oportuna uma comparação com a
Superpotência. Ao terminar o seu mandato
- o normal é o presidente, como foi o caso de Obama ter um duplo mandato, e ao
cabo de duas eleições, o tempo do seu
poder pleno é de oito anos. Para tanto, como ocorreu com Barack Obama,
ele precisa reeleger-se para um segundo mandato, igualmente de quatro anos.
Secondo,
com um presidente ruim e incompetente, como é Donald Trump, o mais provável é
que o seu tempo total seja de quatro anos. Se as coisas seguirem como estão - com um Special Counsil como Robert Mueller III a
investigá-lo - e a bagunça que Trump vem aprontando o mais provável - se lograr
ser candidato à reeleição - é que o atual presidente vire presidente de um só
mandato (como o Senador Mitch McConnell gostaria que Obama virasse..).
Mas para retomar o tema. Quando cessam as funções do presidente
americano - na prática, se aposenta - ele tem direito a ter acompanhamento do
Serviço Secreto (para a sua necessária proteção) e recebe informações bastante
reduzidas em termos de segurança.
Espantou-me ver de o que Dilma
Rousseff dispõe em termos de assessoria.
Todo o ex-presidente da república tem o direito de manter, à custa dos
cofres públicos, uma equipe de assessores e seguranças, bem como os deslocamentos
dessa equipe no país e no estrangeiro.
No primeiro semestre deste ano,
com viagens à Suiça, França, Estados Unidos, Espanha, Itália, Argentina e
México - a que agora se soma a visita a Berlin - a equipe de Dilma já havia custado
ao Tesouro Nacional mais de meio milhão de reais. Note-se que isto é o triplo de o que gastaram
juntos os outros ex-chefes de governo.
Questionada a propósito,
a assessoria da ex-Presidenta in-formou que "nenhuma pressão fará
com que a presidenta eleita Dilma Rousseff deixe de viajar, interrompa as
denúncias sobre o Golpe de Estado (sic) ocorrido em 2016, e as perversas e
nefastas consequências que se abatem sobre a população brasileira."
Se em seu país Dilma tem o
caradurismo de sustentar essa versão deturpada da realidade nacional, não há de
surpreender que ela propague escandalosas mentiras no exterior para um público
que acompanha - quando acompanha - à distância os acontecimentos no Brasil.
Na verdade, que o Estado
brasileiro continue pagando as viagens de dona Dilma, juntamente com os seus
assessores, ao estrangeiro, é um
incrível despautério - sem correspondente em qualquer outro país (a começar
pela Superpotência estadunidense), além de ser uma gastança tão inútil quanto
burra. Não creio que nas Constituições
democráticas passadas o Brasil custeasse essas mini-cortes de ex-soberanos.
O Brasil, na verdade, é a
terra de desperdício. Se alguma dúvida persistisse, as sandices e mentiras de
dona Dilma estão aí para mostrar quão mal
Pindorama cuida do dinheiro do contribuinte...
( Fonte: O Estado
de S. Paulo )
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