O tirano Recip Erdogan
envia o seu exército contra os curdos.
Os que têm a infelicidade de habitar a Turquia não lhes dá salvaguarda o fato
de terem um partido acreditado junto ao Parlamento desse país.
Como se sabe, se na prática a campanha contra o E.I. dá indicações de que se ache em fase próxima da terminal, o governo de Âncara já
julgaria oportuno investir contra o
território ao norte do Iraque, em que por longo tempo os curdos se instalaram
e no qual acreditavam ter a base para um futuro Curdistão.
Embora nada tenha
a ver com a instalação continuada do povo curdo no Norte do Iraque, Erdogan achou oportuno investir ai também
contra os curdos. O mais irônico desse tema é que, enquanto os curdos foram
úteis na luta contra o Exército Islâmico, nem a Turquia, nem o Iraque viam qualquer problema em que o povo curdo fosse deixado em paz no norte iraquiano.
Afastado aquele
perigo e decerto mancomunados com Bagdá, os turcos ora atacam o embrião do
Curdistão. Os curdos - que são bons e valorosos soldados - tem sido muito utilizados por
Washington em empresas nas quais o Império careça de forças determinadas e
confiáveis - em suma, soldados corajosos e bastante úteis, como costuma ser a etnia curda.
Seria
interessante que Washington disso se lembrasse quando desejam alguns outros apunhalarem pelas costas o povo curdo, a única etnia no Médio Oriente até hoje desprovida de solo pátrio.
Afinal,
os curdos não são só carne para canhão, e merecem igualmente disporem, após essa longa caminhada, de solo pátrio como
tantos outros, que não mostram tão válidos soldados como a etnia curda.
Entrada de Imigrantes na Europa cai pela metade
Dado o afluxo
anterior, se não é para comemorar, será pelo menos para anotar que no período
de janeiro a novembro do corrente ano e em comparação a igual período de
2016, houve abrupta queda no ingresso de
refugiados na rota incerta e perigosa do Mar Mediterrâneo.
Dessarte, por
primeira vez em quatro anos, o total de refugiados nessas ínvias rotas
mediterrâneas não atingiu duzentos mil
pessoas, consoante a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em 2017, os migrantes montam a 150.982,
e há grande diferença com os totais do ano anterior de 335.158 em 2016.
Para que tal
redução haja ocorrido, a razão mais provável está no pacto migratório firmado
pela União Européia e a Turquia.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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