Segundo noticia o Estado, não caíu
nada bem com o Presidente Michel Temer o artigo em que Fernando Henrique pede ao PSDB que 'desembarque' do governo.
Em tal sentido, Temer atribuíu ontem as
ações de FHC apenas a interesses
eleitorais, com o objetivo de derrotar o PMDB na disputa de 2018.
Nesse contexto, e em conversas
reservadas, o Presidente Temer não
escondeu a mágoa com Fernando Henrique e interpretou-lhe a manifestação no sentido
de que esteja pressionando correligionários para que o PSDB deixe o primeiro
escalão em dezembro, quando o partido renovará a direção.
Temer se reuniu ontem, no Palácio do Jaburu, com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) de retorno de sua viagem a Terra Santa, e com os ministros Eliseu
Padilha (Casa Civil), Moreira Franco
(Secretaria-Geral) e Antonio Imbassahy (Governo), além dos deputados Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (PMDB-SP).
A discussão girou em torno da
chamada "agenda positiva" que o Governo quer aprovar na Câmara, nos
próximos dias, como o pacote de segurança pública e as medidas de ajuste
fiscal. Para tanto, porém, precisa do apoio dos tucanos.
Até agora, o pilar de sustentação
de Temer no PSDB é o Senador Aécio
Neves (MG), que está licenciado do
comando do partido. Foi por esse motivo, alvitra Vera Rosa, do Estadão, que o Presidente ajudou Aécio na
busca de votos para salvar o próprio mandato no Senado. Com efeito, se
dependesse do Senador Tasso Jereissati (CE), que é o presidente interino do
PSDB, os tucanos já teriam devolvido os
quatro ministérios que comanda.
Dentro desse contexto, e do
choque intrapartidário das duas correntes tucanas - uma a favor e a outra contra
o governo Temer - caiu como uma bomba no seio tucano o artigo de FHC, publicado
pelo Estado de S. Paulo, sob o título Hora
de Decidir, afirma o ex-presidente que o PSDB pode apresentar "algum
nome competitivo" em 2018, "mas
precisa passar a limpo o passado recente". Abraçando a tese da corrente
que encabeça Tasso Jereissati (CE), por
ora presidente interino do PSDB.
Dessarte, para FHC "ou o PSDB desembarca do governo na convenção
de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão
com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória."
Dada a crescente
animosidade nas fileiras partidárias tucanas - e essa contraposição se tem
verificado em vários cenários, o que pode levar a um racha no PSDB, e na
consequente diminuição do respectivo
peso na luta que ora parece acirrar-se.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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