No Senado, onde o GOP tem maioria de
apenas dois votos sobre os democratas,
há fortes sinais de que o acordo entre os dois partidos esteja em perigo
quanto à votação da reforma tributária.
Com efeito, os dois líderes democratas - Chuck Schumer e Nancy
Pelosi - declararam que não participariam do encontro na Casa Branca,
depois que o Presidente os atacara em mensagem de tweeter.
Com efeito, no tweeter postado esta manhã, Trump declarou que teria reunião com "Chuck e Nancy"
para debaterem maneiras de evitar um fechamento do governo, a que acrescentou "não
vejo um acordo!"
Diante desse escorregão presidencial, os
líderes democratas Schumer e Pelosi
responderem com a seguinte declaração: "Ao invés de ir para a Casa Branca
a um encontro show que não vai
resultar em acordo, nós pedimos ao líder McConnell
e ao Speaker Ryan para nos
encontrarmos nesta tarde. Nós não temos tempo a perder para tratar das questões
que nos confrontam, por isso vamos continuar a negociar com os líderes
republicanos que talvez estejam interessados em chegar a um acordo
bipartidário."
Há poucos meses atrás, Mr Schumer e
Ms.Pelosi pareciam estar criando uma frutífera parceria com Mr Trump, que se
referia a eles como "Chuck e Nancy". Em setembro, o presidente concordou com eles
em chegar a acordo fiscal que levantou o limite da dívida e prorrogou até
dezembro os fundos para o Governo.
Esse panorama fiscal de fim de ano
recorda as dificuldades então encontradas pelo Presidente Barack Obama, diante
da oposição da Casa de Representantes - logo após os democratas perderem a
maioria na Câmara, ao iniciar-se o terceiro ano do primeiro mandato de
Obama. Ao contrário das dificuldades
extremas encontradas então por Obama (nas suas conversações com o novo Speaker
republicano John Boehner), por
enquanto os líderes da minoria democrata
no Senado e na Câmara se têm mostrado dispostos a participar do processo legislativo,
e não a inviabilizá-lo, como foi então a atitude inicial do GOP no que tange a impedir a elevação do
teto das despesas (no que antes fora tratado como questão rotineira, quase
burocrática).
Dessarte, se o Presidente Trump
assumir uma postura agressiva contra os democratas, corre o risco de enfrentar
os mesmos problemas - mas por diferentes razões - com que se houve, na segunda
parte de seu primeiro mandato, o Presidente Barack Obama.
( Fonte: The New York Times )
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