terça-feira, 28 de novembro de 2017

Trump atrapalha acordo

                             

        No Senado, onde o GOP tem maioria de apenas dois votos sobre os democratas,  há fortes sinais de que o acordo entre os dois partidos esteja em perigo quanto à votação da reforma tributária.  Com efeito, os dois líderes democratas - Chuck Schumer e Nancy Pelosi - declararam que não participariam do encontro na Casa Branca, depois que o Presidente os atacara em  mensagem de tweeter.
        Com efeito, no tweeter postado esta manhã, Trump declarou que teria reunião  com "Chuck e Nancy" para debaterem maneiras de evitar um fechamento do governo, a que acrescentou "não vejo um acordo!"
         Diante desse escorregão presidencial, os líderes democratas  Schumer e Pelosi responderem com a seguinte declaração: "Ao invés de ir para a Casa Branca a um encontro show que não vai resultar em acordo, nós pedimos ao líder McConnell e ao Speaker Ryan para nos encontrarmos nesta tarde. Nós não temos tempo a perder para tratar das questões que nos confrontam, por isso vamos continuar a negociar com os líderes republicanos que talvez estejam interessados em chegar a um acordo bipartidário."
           Há poucos meses atrás, Mr Schumer e Ms.Pelosi pareciam estar criando uma frutífera parceria com Mr Trump, que se referia a eles como "Chuck e Nancy".  Em setembro, o presidente concordou com eles em chegar a  acordo fiscal que levantou o limite da dívida e prorrogou até dezembro  os fundos para o Governo.
          Esse panorama fiscal de fim de ano recorda as dificuldades então encontradas pelo Presidente Barack Obama, diante da oposição da Casa de Representantes - logo após os democratas perderem a maioria na Câmara, ao iniciar-se o terceiro ano do primeiro mandato de Obama.  Ao contrário das dificuldades extremas encontradas então por Obama (nas suas conversações com o novo Speaker republicano John Boehner),  por enquanto  os líderes da minoria democrata no Senado e na Câmara se têm mostrado dispostos a participar do processo legislativo, e não a inviabilizá-lo, como foi então a atitude inicial do GOP no que tange a impedir a elevação do teto das despesas (no que antes fora tratado como questão rotineira, quase burocrática).
           Dessarte, se o Presidente Trump assumir uma postura agressiva contra os democratas, corre o risco de enfrentar os mesmos problemas - mas por diferentes razões - com que se houve, na segunda parte de seu primeiro mandato, o Presidente Barack Obama.


( Fonte:  The New York Times )          

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