A negação da mudança climática é uma
atitude. Como toda a atitude, ela pode
caracterizar-se por postura de negação fundada em interpretação errônea,
mas de boa fé, que supostamente baseia a referida resposta ao desafio do clima.
No entanto, como tal desafio persiste, a má-fé -, ou no caso de indivíduos de
baixo coeficiente intelectual - a obstinação - será a causa dessa
resposta errada à mudança climática.
De uma forma ou de outra, a deterioração
climática irá continuar e, muito provavelmente piorar, diante da resposta
negativa tomada por alguém com poder efetivo na sociedade.
Diante da larga aceitação colhida pelo Acordo de Paris sobre a mudança
climática, a negativa de Donald J. Trump, que, dentro da respectiva má-fé, não
trepida em levá-la à dissociação do
Acordo de parte dos Estados Unidos, representa um deplorável e estúpido recuo
nesse projeto mundial, cuja importância foi sentida em todo o mundo civilizado.
Trump mostra nesse passo um duplo erro:
enfraquece - pois o peso da economia e do continente americano na área ocupada
pelos Estados Unidos da América tem grande peso na determinação e criação de fatores
com consequências climáticas negativas - a par de quebrar esforço que deve ser
conjunto, e sem solução de continuidade. Agindo dessa forma, ele mostra dois
aspectos pouco alentadores para o restante da população mundial: não só falta
de aporte positivo de parte dessa economia, ainda a maior do mundo, em combate
que só tenderá a crescer com o pleno apoio dos EUA, mas ao invés um cínico jogo contrário, dados
os débeis pressupostos de que a sua mente possa conviver com tais sandices, que
pode ser
estupidamente julgado como de resultados positivos em termos políticos,
enquanto, doutra parte, desencadeia toda uma série de agentes e reagentes
extremamente danosos para toda a Humanidade, inclusive para o seu querido
Estados Unidos da América.
Essa descarada retirada de um combate
em que todas as nações carecem de empenhar-se tem elementos cruéis (além de
estúpidos), pois há inúmeros países que
estão sujeitos ao desaparecimento físico como aqueles do Índico e do Pacífico,
além da ameaça demasiado real da elevação do nível do mar (com o derretimento
no hemisfério norte, seja no Ártico, e na Groenlândia, e também nos Países
Baixos; a par de um derretimento análogo
no hemisfério sul, com a Antártica na primeira linha, mas com outros
países-arquipélagos igualmente ameaçados).
Que um estupor como esse haja sido
eleito, à custa de alguém inegavelmente muito mais preparada do que ele,
constitui um sério acidente na história dos Estados Unidos. E o tal erro ainda
fica mais grave quando o sistema vigente (que data do século XVIII)
determinou-lhe a vitória, apesar de que sua adversária democrata, Hillary Clinton, ganharia em qualquer
outro país da terra, eis que ela venceu a eleição com votação a mais em cerca
de três milhões de votos... Por isso, e
a despeito de todas as leis de supressão de voto - que ressurgiram depois que a
Suprema Corte com maioria republicana permitiu que tais mudanças fossem feitas
nas legislações estaduais, sob o pretexto do Chief Justice Roberts - o presidente da Corte Suprema americana - de que não há mais
necessidade de controlar a legislação eleitoral dos Estados, pois o preconceito
não mais perdura...
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