sábado, 25 de novembro de 2017

PGR pede condenação de Gleisi e P. Bernardo

                        
        A  Procuradora-Geral, Raquel Dodge, pediu ao Supremo a condenação da Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR e do marido, ex-Ministro Paulo Bernardo), por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema de propina da Petrobrás.
        A PGR também  pede que o casal seja multado em R$ 4 milhões.
        Em alegações finais à Corte, no âmbito de ação penal em que a senadora responde por suposta propina de R$ 1 milhão, do esquema de corrupção montado na Petrobrás, Raquel pede multa de R$ 4 milhões como reparação de danos materiais e morais.
        A acusação no STF contra Gleisi - que também é presidente nacional do PT - tem base nas delações premiadas de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Segundo eles, em 2010, R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobrás foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado. O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) também corrobora, em delação, com os depoimentos do doleiro e do ex-diretor.
         Por fim, Alberto Youssef, de posse dos valores originados de contratos dissimulados firmados  entre suas empresas e as construtoras participantes do esquema, efetivou pagamentos ilícitos, no caso em espécie, aos destinatários finais, inclusive a Gleisi Hoffmann,  afirma a Procuradora-Geral.
          A PGR sustentou ainda que as penas para Gleisi e Bernardo sejam agravadas devido à longa experiência de ambos como políticos. "Mais que corrupção de um mero agente público, houve corrupção em série,  de titulares de cargos dos mais relevantes da República, cuja responsabilidade faz agravar sua culpa na mesma proporção."
           Na defesa de Gleisi Hoffmann, o advogado Rodrigo Mudrovisch afirma que "a acusação formulada pela PGR foi baseada somente em depoimentos claramente conflitantes de três colaboradores premiados."     O citado advogado conclui afirmando que Gleisi "apresentará as suas alegações finais confiando em sua absolvição através de um julgamento técnico por parte do Supremo Tribunal Federal". Na mesma linha e também em nota, o Partido dos Trabalhadores afirma que "são totalmente falsas" as acusações feitas contra a senadora na ação penal que ela responde junto com o ex-ministro Paulo Bernardo.



(Fonte:  O Estado de S. Paulo)

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