A
Procuradora-Geral, Raquel Dodge, pediu ao Supremo a condenação da
Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR e do marido, ex-Ministro Paulo Bernardo), por
corrupção e lavagem de dinheiro em esquema de propina da Petrobrás.
A PGR também pede que o casal seja multado em R$ 4
milhões.
Em alegações finais à Corte, no âmbito
de ação penal em que a senadora responde por suposta propina de R$ 1 milhão, do
esquema de corrupção montado na Petrobrás, Raquel pede multa de R$ 4 milhões
como reparação de danos materiais e morais.
A acusação no STF contra Gleisi - que
também é presidente nacional do PT - tem base nas delações premiadas de Paulo
Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Segundo eles, em 2010, R$ 1 milhão
do esquema de propinas da Petrobrás foi destinado à campanha eleitoral da petista
ao Senado. O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) também corrobora, em delação, com
os depoimentos do doleiro e do ex-diretor.
Por fim, Alberto Youssef, de posse dos
valores originados de contratos dissimulados firmados entre suas empresas e as construtoras
participantes do esquema, efetivou pagamentos ilícitos, no caso em espécie, aos destinatários finais, inclusive a
Gleisi Hoffmann, afirma a Procuradora-Geral.
A PGR sustentou ainda que as penas
para Gleisi e Bernardo sejam agravadas devido à longa experiência de ambos como
políticos. "Mais que corrupção de um mero agente público, houve corrupção
em série, de titulares de cargos dos
mais relevantes da República, cuja responsabilidade faz agravar sua culpa na
mesma proporção."
Na defesa de Gleisi Hoffmann, o
advogado Rodrigo Mudrovisch afirma que "a acusação formulada pela PGR foi
baseada somente em depoimentos claramente conflitantes de três colaboradores
premiados." O citado
advogado conclui afirmando que Gleisi "apresentará as suas alegações
finais confiando em sua absolvição através de um julgamento técnico por parte
do Supremo Tribunal Federal". Na mesma linha e também em nota, o Partido
dos Trabalhadores afirma que "são totalmente falsas" as acusações
feitas contra a senadora na ação penal que ela responde junto com o ex-ministro
Paulo Bernardo.
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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