Se as eleições de ontem mostraram alguma coisa foi a atual
fraqueza do presidente Trump como força política.
Estados do Sul como a Virgínia,
bem como do cinturão dos imprevisíveis, deram vitórias marcantes para os
democratas, que sinalizaram o peso da
impopularidade do Presidente.
Tais resultados, se persistirem as
causas do declinante apoio dado a Trump, entremostram perspectivas radiosas
para os democratas daqui a um ano,
quando o eleitorado americano tem encontro marcado com um juízo federal
a ser atribuído à presidência republicana.
Desta feita, a impopularidade de Trump
era o prato de degustação do eleitorado. Duas governanças estaduais caíram no
seio democrata.
Com a contagem dos votos praticamente
concluída, o vice-governador Ralph S.
Northam prevaleceu com a relativa facilidade de nove pontos
percentuais sobre o adversário do GOP, Ed
Gillespie. Pela votação, a Virgínia
confirma o seu viés democrata, com vitória ainda maior do que aquela atribuída
à candidata Hillary Clinton, em 2016.
Também em Nova Jersey, a governança
foi arrebatada por Philip D. Murphy, pondo um termo e por ampla
margem de votos à atribulada e contestada governança de Chris Christie.
As derrotas do GOP nessas eleições mostraram igualmente as limitações de
demagógicos apelos para tentar ligar a imigração ao crime, mostrando que o enfoque xenofóbico da atual presidência não funciona em estados
com populações mais afluentes e com maior nível de instrução.
É uma lição importante que, se bem
utilizada, pode ser decisiva para pôr fim ao longo domínio pelo GOP da Câmara de Representantes, dominada desde o segundo biênio da
Administração Obama pela triste aliança
do atraso, do preconceito e do gerrymander, que vem assegurando por mais de
década a medíocre atuação da Câmara, sob a apagada direção dos speakers republicanos, i.e. John Boehner (2011) e o atual, Paul
Ryan, desde 29 de outubro de 2015, após golpe branco contra o então Speaker Boehner, deposto por complô da
facção Tea Party.
( Fonte:
The New York Times )
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