Em mundo oficial marcado por tantas
discrepâncias, Cármen Lúcia é estrela que brilha com forte, até incômoda força para
outros personagens.
Em entrevista ao
Estadão, de que o blog transmite excertos, a presidente do Supremo, - cujo mandato se
estende apenas até setembro, disse que a revisão do foro privilegiado para parlamentares favorece a Lava-Jato.
Do esquadrão do bem, ela defendeu todas
as outras medidas consideradas fundamentais
pela força-tarefa para o êxito da operação: delação premiada, prisões preventivas e execução de pena após condenação
em segunda instância.
No entanto, nenhuma
delas é unanimidade no STF.
"Não dá para manter um sistema
feito para que se possa protelar para
sempre a finalização e o Judiciário não dar uma resposta a isso."
"Diante de evidências de que a
pessoa se vale do direito para litigar
indefinidamente, o Poder Judiciário deve usar os instrumentos de que dispõe
para dar uma resposta."
Cortar o nó górdio das
protelações muito além da segunda instância é uma medida desejada, ansiada
mesmo pela Sociedade, como a sua recepção o corroborou quando esta porta da
segunda instância se abriu, afastando as intricâncias dos leguleios, em casos
demasiado célebres para serem aqui repisados.
Por outro lado, alvo que foi de
ataques pelo desempate no julgamento que delegou ao Legislativo autorizar ou
não a suspensão de mandatos, Carmen
Lúcia fez uma autocrítica. Ela admitiu
que seu voto foi 'extremamente conturbado'. "Não consegui dar
clareza ao princípio de que não se pode romper a separação de Poderes".
Contudo, isso,
no entanto, não justifica os deputados do Rio usarem o julgamento do STF para
soltar três colegas: "Confundiram para confundir".
( Processos da
Lava-Jato precisam ser julgados)
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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