domingo, 26 de novembro de 2017

Entrevista de Cármen Lúcia

                             
        Em mundo oficial marcado por tantas discrepâncias, Cármen Lúcia é estrela que brilha com forte, até incômoda força para outros personagens.
        Em entrevista ao Estadão, de que o blog transmite excertos,  a presidente do Supremo, - cujo mandato se estende apenas até setembro, disse que a revisão do foro privilegiado  para parlamentares favorece a Lava-Jato.
        Do esquadrão do bem, ela defendeu todas as outras medidas consideradas fundamentais  pela força-tarefa para o êxito da operação: delação premiada, prisões preventivas e execução de pena após condenação em segunda instância.         
           No entanto, nenhuma delas é unanimidade no STF.
        "Não dá para manter um sistema feito para  que se possa protelar para sempre a finalização e o Judiciário não dar uma resposta a isso."
         "Diante de evidências de que a pessoa se vale do direito para  litigar indefinidamente, o Poder Judiciário deve usar os instrumentos de que dispõe para dar uma resposta."
           Cortar o nó górdio das protelações muito além da segunda instância é uma medida desejada, ansiada mesmo pela Sociedade, como a sua recepção o corroborou quando esta porta da segunda instância se abriu, afastando as intricâncias dos leguleios, em casos demasiado célebres para serem aqui repisados.

           Por outro lado, alvo que foi de ataques pelo desempate no julgamento que delegou ao Legislativo autorizar ou não a suspensão de mandatos, Carmen Lúcia fez uma autocrítica. Ela admitiu  que seu voto foi 'extremamente conturbado'. "Não consegui dar clareza ao princípio de que não se pode romper a separação de Poderes".

         Contudo, isso, no entanto, não justifica os deputados do Rio usarem o julgamento do STF para soltar três colegas: "Confundiram para confundir".

( Processos da Lava-Jato precisam ser julgados)

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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