Por um tempo, a nomeação do deputado
Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo no lugar do tucano Antonio
Imbassahy passou por certa, mas a intervenção do Senador Aécio Neves
levou o Presidente Michel Temer a um recuo estratégico.
Sob o argumento de que a saída de Imbassahy,
neste momento, faria com que o PSDB votasse contra a Reforma da
Previdência, Aécio fez um apelo para que
o presidente mantivesse o tucano na articulação política até a convenção do PSDB, em nove de dezembro.
Em café da manhã comTemer, no Palácio
do Jaburu, Aécio também afirmou que a
substituição de Imbassahy agora, atrapalharia o seu plano de convencer o PSDB a
não desembarcar.
Dentro de atmosfera de voltas e
reviravoltas, voltou a parecer certa a
nomeação de Marun. O anúncio agradou ao
Centrão (bloco que reúne PP, PR, PSD e PTB), mas contrariou o Presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é amigo de Imbassahy e tenta fazer jogo combinado com o PSDB de Aécio. Avaliando
que a entrada de Marun daria peso excessivo
ao PMDB no núcleo político do Planalto - os outros dois são Eliseu
Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria Geral) - e por isso, e por ora, o Planalto resolveu dar marcha a
ré.
Temer decidiu então manter as
coisas como estão. Com efeito, o nome de
Marun, que é havido como da tropa de choque de Temer, não está descartado para
a primeira oportunidade favorável.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo
)
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