quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Recuo estratégico ?

                                             

         Por um tempo, a nomeação do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo no lugar do tucano Antonio Imbassahy  passou por certa,  mas a intervenção do Senador Aécio Neves levou o Presidente Michel Temer a  um recuo estratégico.
          Sob o argumento de que a saída de Imbassahy, neste momento, faria com que o PSDB votasse contra a Reforma da Previdência,  Aécio fez um apelo para que o presidente mantivesse o tucano na articulação política  até a convenção do PSDB, em nove de dezembro.
          Em café da manhã comTemer, no Palácio do Jaburu,  Aécio também afirmou que a substituição de Imbassahy agora, atrapalharia o seu plano de convencer o PSDB a não desembarcar.
          Dentro de atmosfera de voltas e reviravoltas,  voltou a parecer certa a nomeação de Marun.  O anúncio agradou ao Centrão (bloco que reúne PP, PR, PSD e PTB), mas contrariou o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é amigo de Imbassahy e tenta fazer  jogo combinado com o PSDB de Aécio. Avaliando que a entrada de Marun daria peso excessivo  ao PMDB no núcleo político do Planalto - os outros dois são Eliseu Padilha  (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) - e por isso, e por ora, o Planalto resolveu dar marcha a ré.
             Temer decidiu então manter as coisas como estão.  Com efeito, o nome de Marun, que é havido como da tropa de choque de Temer, não está descartado para a primeira oportunidade favorável.


( Fonte:  O Estado de S. Paulo )        

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