quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Para os democratas, talvez a Câmara

                    

       Se as eleições de ontem mostraram alguma coisa foi a atual fraqueza do presidente Trump como força política.
       Estados do Sul como a Virgínia, bem como do cinturão dos imprevisíveis, deram vitórias marcantes para os democratas,  que sinalizaram o peso da impopularidade do Presidente.
       Tais resultados, se persistirem as causas do declinante apoio dado a Trump, entremostram perspectivas radiosas para os democratas daqui a um ano,  quando o eleitorado americano tem encontro marcado com um juízo federal a ser atribuído à presidência republicana.
        Desta feita, a impopularidade de Trump era o prato de degustação do eleitorado. Duas governanças estaduais caíram no seio democrata.
        Com a contagem dos votos praticamente concluída, o vice-governador Ralph S. Northam prevaleceu com a relativa facilidade de nove pontos percentuais  sobre o adversário do GOP, Ed Gillespie.  Pela votação, a Virgínia confirma o seu viés democrata, com vitória ainda maior do que aquela atribuída à candidata Hillary Clinton, em 2016.
         Também em Nova Jersey, a governança foi arrebatada por Philip D. Murphy, pondo um termo e por ampla margem de votos à atribulada e contestada governança de Chris Christie.
          As derrotas do GOP nessas eleições mostraram igualmente as limitações de demagógicos apelos para tentar ligar a imigração ao crime,  mostrando que o enfoque xenofóbico  da atual presidência não funciona em estados com populações mais afluentes e com maior nível de instrução.   
             É uma lição importante que, se bem utilizada, pode ser decisiva para pôr fim ao longo domínio pelo GOP da Câmara de Representantes,  dominada desde o segundo biênio da Administração Obama pela triste aliança do atraso, do preconceito e do gerrymander, que vem assegurando por mais de década a medíocre atuação da Câmara, sob a apagada direção dos speakers republicanos, i.eJohn Boehner (2011) e o atual, Paul Ryan, desde 29 de outubro de 2015, após golpe branco contra o então Speaker Boehner, deposto por complô da facção  Tea Party.  


( Fonte:  The New York Times )

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