quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Guaidós em visita ao Brasil


                                  

                    O líder opositor Juan Guaidós se encontrará com o presidente Bolsonaro, no dia de hoje.  O presidente interino da Venezuela, mundialmente reconhecido por mais de cinquenta países, pretende discutir com Bolsonaro e membros do Governo brasileiro os primeiros passos com vistas construir uma transição para a fracassada Administração de Nicolás Maduro.
                          Segundo a assessoria de sua representante diplomática no Brasil, Maria Teresa Belandria,  Guaidós ficará em Brasíia até amanhã. Em seguida, viajará para outros países da região para discutir a crise.

                          Como já é do conhecimento público, o Tribunal Supremo, que não passa de um instrumento do governo Maduro - como este blog já o demonstrou desde muito - ameaçou mandar prender o presidente Guaidós tão logo pise solo venezuelano, pois aquele dócil órgão da ditadura já tornou público que ele será inculpado por desrespeitar-lhe a ordem de não deixar a Venezuela.
                              Em mensagem de áudio, o presidente interino declarou: "Não assumimos esse compromisso para lutar de fora." Também solicitou em mensagem que circula nas redes sociais  "uma mobilização de rua quando ele retornar à Venezuela."


 (Fonte:  O  Estado de S. Paulo )_                              

Interdição do Sambódromo ?


                                    
        O  Globo  noticia em seu site que o Ministério Público do Rio  ajuizou neste quinta-feira junto a 1ª Vara da Fazenda Pública  Ação Cível Pública, com pedido de tutela de urgência, solicitação da interdição do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, palco do desfile das Escolas de Samba do Estado do Rio de Janeiro.
          A motivação da iniciativa do Ministério Público se deveria às condições do sambódromo, que não garantiriam a segurança de espectadores assim como do próprio desfile.
            Nunca houve cousa parecida no Rio de Janeiro.  O Corpo de Bombeiros deverá proceder ao exame das condições de segurança do Sambódromo.  Dada a extrema relevância desse desfile para a Cidade do Rio, é de imaginar-se o que está em jogo para o prefeito Crivella.  É bom lembrar que no ano passado Crivella  marcou a importância que dá ao carnaval no Rio de Janeiro, e o magno espetáculo do desfile faltando ao desfile e ao próprio Rio de Janeiro, pretextando uma viagem à Europa para tratar de questões de segurança.
               Na época, ele seria posteriormente forçado a um pedido de desculpas, pela cir-cunstância de afastar-se da Cidade Maravilhosa justamente nos dias de seu maior evento turístico...

( Fontes: O Globo e respectivo site )

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O Brexit em pauta ?


                                 

        A Primeira-Ministra britânica, Theresa May, confirmou a 26 do corrente, por primeira vez, que 'pode haver' um adiamento da saída do Reino Unido da U.E., caso o acordo com Bruxelas seja vetado pelo Parlamento.
          A inefável May se especializa em dizer sandices. Como o Reino Unido não é uma ditadura, um pronunciamento do Parlamento é indispensável para a eventual saída da U.E.

           Caso o atual acordo não seja aprovado, a Premier  convocará uma segunda votação, para tratar da saída sem acordo. Segundo se especula, a Primeiro Ministro pretende deixar nas mãos dos deputados a decisão de adiar a data do Brexit por "um período curto e limitado", se eles rejeitarem o acordo (inepto) de separação que ela firmara com a U.E.
           É de notar-se que, elocubrações à parte,  o Labour - que é a segunda bancada em Westminster - havendo mudado de posição, as coisas não estão assim tão simples para a May.
            Mais coisas podem estar em pauta, inclusive a possibilidade de um segundo referendo, o que a Primeiro Ministro tudo faz para evitar, eis que tal eventualidade pode-ria, com a confirmação da permanência do Reino Unido - contra vento e maré - na União Europeia, levaria muito provavelmente de roldão a inepta gestão da May.

             Não obstante, a Primeiro Ministro continua a agir como se tudo estivesse cor-rendo a seu favor, quando qualquer um com um mínimo de discernimento dirá justa-mente o contrário.
  
              Pela manifesta falta de controle da situação de parte do gabinete da May, a situação tende a agravar-se, não se podendo excluir que o tão temido recurso ao segundo referendo - dado o caráter anêmico e por conseguinte nada conclusivo daquele primeiro de 2016 - venha a configurar-se como a saída inelutável para uma crise que  é artificial, na medida em que se deve à falta de visão ou incapacidade de lidar com uma situação anômala, quando a maioria de um Povo pende manifestamente pela extensão da permanência na U.E., enquanto liderança de pouco estofo e igual discernimento  pensa ainda poder estender tal estado de coisas,   que acumula erro sobre erro.

                  Em situações como a presente,  político que tenha um mínimo juízo já teria optado há muito em passar a solução para o alvitre do Povo Soberano.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Nove governadores deixam rombo de R$ 71 bilhões


                             
        Nove governadores encerraram seus mandatos em 2018 com um déficit de R$ 71 bilhões para os sucessores (Tesouro Nacional). Não deixar dinheiro em caixa suficiente  para bancar as despesas de sua gestão é prática vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e criminalizada no Código Penal, sujeita a pena de um a quatro anos de reclusão, embora até hoje ninguém haja sido responsabilizado formalmente.
            A informação prestada pelos governos estaduais confirma a tendência apontada por levantamento anterior, do Estadão, que já mostrava o risco de novos governadores herdarem o caixa no vermelho. Os dados são o retrato da situação delicada das contas desses Estados, que continuam com folhas de pagamento em atraso e negociam com o governo federal um pacote de socorro.

               Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe encerraram 2018 com um déficit que soma R$ 67,9 bilhões. Em praticamente todos eles faltou tanto  dinheiro não-vinculado (ou seja, que pode ser usado livremente em qualquer despesa) quanto vinculado (carimbado apenas para determinado gasto,como em saúde e educação).
                 Outros dois Estados (Pernambuco e Tocantins) e o Distrito Federal deixaram um rombo somado de R$ 3 bilhões apenas em recursos não-vinculados . Em tese, o dinheiro carimbado seria suficiente para cobrir essa insuficiência,mas na prática essa aplicação violaria a legislação. Ou seja, eles também descumpriram a regra da responsabilidade fiscal.  


(Fonte: O Estado de S. Paulo - seção Economia & Negócios )

Desvio dos Fins do MEC


                                   

        O ministério da Educação enviou ontem, 25 de fevereiro,  para todas as escolas do país um e-mail,  encarecendo que seja lida carta aos alunos, professores e funcionários com o slogan da campanha de Jair Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
          A mensagem recomenda ainda que todos estejam "perfilados diante da bandeira do Brasil" e que seja tocado o Hino Nacional.   Por último, pede que as escolas filmem as crianças nesse momento e enviem os videos ao governo.
            Advogados afirmaram que a medida pode levar o MEC a ser questionado judicialmente. A carta também surpreendeu responsáveis por escolas públicas e particulares do Brasil, além de pais de alunos.
              O texto foi assinado pelo ministro da Educação,  Ricardo Vélez Rodríguez. Diz que deve ser saudado "o Brasil  dos novos tempos" e celebrada uma "educação responsável e de qualidade". E termina com o slogan repetido pelo candidato Bolsonaro durante toda a campanha eleitoral para a presidência em 2018.

              A reação contra a iniciativa de Vélez Rodríguez  inclui crítica da advogada constitucionalista Vera Chemim (pode ser considerado improbidade administrativa), da professora de Direito do Estado Nina Ranieri (potencial desrespeito aos direitos de imagem e privacidade), e outras críticas mais de educadores.
  
             Arthur Fonseca Filho, diretor da Associação Brasileira de Escolas Particulares (ABEPAR), e assim definiu de forma genérica o e-mail: "Receber um pedido desse  de um ministro é absolutamente estranho para as escolas, não me lembro de nada parecido."

(Fonte:  O Estado de S. Paulo)

Alvos russos nos EUA


                              
         A notícia é decerto pequena e confinada aos rodapés. Mas a sua intrínseca gravidade é inegável,  por servir-se de alvos e objetivos inaceitáveis.
            A TV estatal da Rússia do eterno presidente gospodin Vladimir Putin dedicou a sua principal 'reportagem' de domingo para elencar instalações militares estadunidenses, que seriam destruídas em caso de ataque nuclear.  A tal propósito um míssil hipersônico seria capaz  de atingir objetivos americanos em menos de cinco minutos.
                Dentre os alvos escolhidos, estão o Pentágono e o retiro presidencial de Camp David.
           
          A reportagem russa foi transmitida nesse domingo, dias mais tarde que o presidente Vladimir Putin declarara que Moscou está militarmente preparada para uma crise "como a dos mísseis de Cuba", se os Estados Unidos assim o desejarem...
                      É de notar-se que o patriota Vladimir Putin muito deplora o desfazimento da União Soviética, então a superpotência rival dos Estados Unidos da América. Terá muito lamentado que a liderança de Gorbachev tenha sido no seu entender desastrosa, eis que contribuira para o desfazimento da URSS.

(Fonte: O Estado de S. Paulo )

Aprovada a nova Constituição de Cuba


                                   

        Por grande maioria, mais de seis milhões de cubanos votaram "Sim" pela nova Constituição que apóia o socialismo na ilha, após referendo  de que participaram 84,4% dos eleitores.
          No referendo de domingo, 95,8% das cédulas foram válidas.  Do total de 7,8 milhões de eleitores,  6,8 milhões votaram sim, e 766.400 votaram pelo não.

         A autêntica democracia não é decerto o forte do regime cubano, que é submetido à hegemonia do Partido Comunista Cubano. No entanto, a nova Constituição reafirma as mudanças econômicas e sociais ocorridas na última década, após as reformas introduzidas nos dois mandatos do ex-presidente Raul Castro.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )    

Deserções de sub-oficiais do exército de Maduro


                    
       Vem aumentando lenta mas seguramente o número de desertores entre os sargentos da chamada Guarda Nacional Bolivariana. Aos quatro que desertaram ontem, já são sete os que abandonaram a tropa de Maduro na fronteira de Roraima.
          Tal decerto não se pode comparar ao que sucedeu em Cúcuta, na fronteira com a Colômbia, em que 167 sargentos deixaram seus postos, e se puseram à disposição do presidente interino Juan Guaidós,  dispostos a derrubar Maduro à força.

          Um dos venezuelanos que desertou na fronteira de Roraima, o sargento Escalante declarou à imprensa: " Vamos a Boa Vista e queremos o apoio do presidente interino Juan Guaidós para chegar à Cúcuta e nos reunir com os companheiros que desertaram na Colômbia".

            José Antonio Moreno Peñalosa garantiu que pretende ir a Cúcuta se juntar aos outros militares que romperam com o governo chavista. "Há maneiras de agir militarmente em Cúcuta e é por isso que pretendemos ir para lá", afirmou. "Não somos animais de carga  do chavismo. Não somos assassinos e não queremos ficar marcados na história como assassinos. Eles querem que ataquemos o povo."

                Nos quartéis militares, não há comida, não há colchões, afirmou outro sargento, Carlos Eduardo Zapata, que foi um dos três primeiros desertores que chegaram  ao Brasil.

(Fonte: O Estado de S. Paulo)

Auspiciosa mudança no Labour


                                            

         Após a deserção de nove membros do Partido, na semana passada, e sob a perspectiva de outras saídas,  o líder dos trabalhistas Jeremy Corbyn deixou de lado sua antiga resistência a uma segunda votação plebiscitária.
           "De uma forma ou de outra, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir um 'não acordo' e nos opor ao perigoso brexit dos conservadores."

            Talvez por circunstâncias aludidas no blog de ontem, Corbyn haja esperado por demasiado tempo. Se conseguir aprovar uma emenda sobre um novo referendo por meio do Parlamento se afigura formidável tarefa, e por conseguinte pouco provável em um curto prazo. Não obstante, depois das sandices da May e de suas propostas confusas e nada alentadoras (no que tange ao brexit sem qualquer acordo com a CE), a esperança será sempre a última que morre. Quanto à aprovação do segundo referendo, as perspectivas de um resultado positivo para a permanência do Reino Unido na Comunidade Europeia, dissipado o ambiente estival e a incompetência do gabinete Cameron, não podem ser decerto excluídas.
  
                É de notar-se que conseguir aprovar uma emenda sobre um novo Referendo por meio do Parlamento seja  tarefa difícil no curto prazo, mas o apoio de Corbyn à ideia animou os britânicos com vistas a reverter o resultado do referendo de 2016. Sem o apoio do Labour, não haveria a menor chance de um segundo referendo ser sequer autorizado pelo Parlamento.
                    O Partido Trabalhista apresentará a 27 do corrente uma cláusula para ser submetida à votação no Parlamento na qual pedirá ao deputados que apóiem uma união aduaneira permanente com a União Europeia.
                      Se tal plano alternativo fracassar, os trabalhistas "cumprirão a promessa" de  apoiar um novo referendo, segundo detalhou o porta-voz para o brexit da legenda, Keir Starmer.
                       O líder trabalhista confirmou, outrossim, que na votação desta semana apoiará  a emenda apresentada pela também trabalhista Yvette Cooper e pelo tory Oliver Letwin que obrigaria o governo a adiar o brexit se um acordo não for aprovado até o dia treze.

                       " A primeira Ministra está deixando o relógio correr temerariamente, em uma tentativa de forçar os parlamentares a escolher entre seu acordo fracassado e um desastroso 'não acordo' ",  afirmou  o líder Corbyn.
                           No congresso anual do Partido, realizado em setembro último, o líder trabalhista se comprometera a promover nova consulta caso não conseguisse forçar eleições gerais antecipadas, mas havia se recusado até agora de apoiá-la de maneira explícita.

( Fonte: O Estado de S. Paulo)

Venezuela: Grupo de Lima rechaça opção militar


                    

        O Grupo de Lima rechaçou, após reunião na Colômbia, eventual intervenção militar na Venezuela.  Nesse sentido, se reafirma que a transição democrática deve ser conduzida pacificamente pelos venezuelanos, com apoio de meios políticos e diplomáticos, e sem o uso da força.
           Assim se manifestou a respeito o chefe de nossa delegação, após a reunião na Colômbia, o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República:" Para nós, a opção militar nunca foi uma opção. O Brasil sempre apoiou soluções pacíficas para qualquer problema nos vizinhos."

             Presente no encontro, o Vice-presidente norte americano, Mike Pence, reiterou que na visão estadunidense "todas as opções estão sobre a mesa", para o eventual afastamento do presidente Nicolás Maduro.
              É conhecida a respeito a posição do Presidente Donald Trump, que não exclui o emprego de força militar. Entende-se, por conseguinte, que Pence não poderia excluir a eventual opção pela força, que é, em princípio, defendida por seu chefe.

( Fonte: Folha de S. Paulo )

O Oitavo General


                               

         O incidente entre o Ministro Gustavo Bebianno, que era Secretário-Geral da Presidência e o filho caçula de Sua Excelência o Presidente, o vereador Carlos Bolsonaro,  terminou de modo pouco feliz para o Ministro Bebianno, cuja habilidade burocrática havia sido requisitada para o citado posto-chave de Secretário-Geral.
               Dito como "mentiroso" pelo poderoso filho de Jair Bolsonaro, a propósito de supostas conversações com o presidente então recolhido ao Hospital Einstein, em São Paulo,  Bebianno seria proclamado para a caterva como "mentiroso", a despeito de início de suas obtemperações.

               Compreensivelmente cansado das críticas do filho e do próprio presidente, o Ministro Bebianno se fartou da encenação, e na sua resposta - em que se aplica a extinção da querela - postou as gravações presidenciais, que mostravam para gregos e troianos que o Ministro-Secretário-Geral falara sim com o presidente Bolsonaro.
                 E como já noticiou o Estadão, temos a partir desse entrevero mais um militar no ministério.  Ao invés do paisano Bebianno,  agora irá para este lugar de ministro o general da reserva Floriano Peixoto.  Sem embargo, o Governo Bolsonaro ainda estuda enxugar o número de pastas na Esplanada, e por isso Floriano Peixoto assumirá como interino...

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Toffoli quer limpar pauta-bomba


                              
       Segundo noticia o Estado de S. Paulo, em manchete, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli quer limpar neste primeiro semestre a pauta de julgamentos que podem resultar em perda potencial de R$ 50 bilhões aos cofres da Viúva. 
         A medida se encaixa com o interesse do ministro-czar da economia, Paulo Guedes de quem Toffoli, de acordo como o referido diário, se aproximou recentemente.

           Nesse sentido, o presidente Toffoli decidiu pautar processos tributários que aguardam  decisão da Corte há muito tempo (segundo o Estadão um deles tramita há dez anos e meio), ou que foram interrompidos por pedidos de vista, que são procedimentos da própria iniciativa dos magistrados, e que não estão submetidos a regras determinantes).

              Tal esforço do STF seguiria a visão da equipe liderada pelo Ministro Paulo Guedes, de que é preciso segurança jurídica para atrair investimentos. Um dos casos em tela é o do pagamento do PIS, por prestadoras de serviço, que questionam a mudança que eleva a alíquota de contribuição. É de assinalar-se que na Justiça, pelo menos quatrocentos processos aguardam desfecho deste caso.

                 Ainda segundo informa o Estadão,  R$ 50 bilhões - a perda potencial acima referida - compreendem processos sobre o IPI, PIS, Funrural e imunidade tributária de micro ou pequenas empresas.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Mensagem de Papa Francisco sobre abusos de menores


                               

         Ao cabo da reunião especial da Igreja, ao encerrá-la  o Sumo Pontífice comparou o que definiu como "praga" dos abusos sexuais de crianças e adolescentes às práticas religiosas do passado de oferecer humanos em sacrifício.
           Concluído o encontro de 114 conferências episcopais,  a Igreja Católica anunciou o propósito de publicar documento pontifício e um guia  sobre as funções e deveres dos bispos em relação às denúncias de abuso. A par disso, serão criadas forças-tarefa ad hoc para ajudar as dioceses nessas circunstâncias.
            Conforme a Santa Sé, haverá um novo Motu Proprio, documento papal  com o escopo de "reforçar a prevenção e a luta contra os abusos na Cúria romana e no Vaticano", que acompanhará  uma nova lei para a Igreja. O citado manual será publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé, tendo o formato de perguntas e respostas, sendo dirigido aos bispos.
               Já a ideia de força-tarefa pressupõe mandar equipes de especialistas a dioceses que disponham de menos recursos para prevenir ou combater o problema. Outras propostas em estudo são rever o segredo pontifício para casos de abuso sexual e criar departamento  na Igreja específico para denúncias desse tipo entre os sacerdotes.
                 Outro posicionamento importante - a Igreja condenou a prática de encobrir delitos. Nesse sentido, o Arcebispo de Malta, Charles Scicluna, da Comissão Organizadora  declarou: "por décadas, temos nos concentrado em crimes insistentes, mas agora chegamos à conclusão que o acobertamento é do mesmo modo ultrajante".
                   Anteontem, o cardeal alemão Reinhard Marx admitiu que a Igreja destruíu materiais sobre estupradores: "os arquivos que documentaram esses atos terríveis e indicam os nomes dos responsáveis foram destruídos, ou até sequer foram produzidos." Procedimentos e trâmites definidos para esclarecer os delitos foram deliberadamente ignorados e até anulados", disse o presidente da Conferência Episcopal Alemã. "Em tal sentido, o Cardeal  cobrou divulgação do total de casos analisados por tribunais eclesiásticos.
                      Como sói acontecer, parte das vítimas, no entanto, reclamou do tom final da conferência . Francesco Zanardi, presidente da Rede de Vítimas da Itália, reclamou da falta de menção a "procedimentos concretos e demissões de bispos".

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Votação on-line livra Salvini


                                  
        Votação on-line promovida pelo esquerdista Movimento 5 Estrelas, maior partido no Parlamento Italiano, desautorizou a abertura de processo contra o vice-premier, Matteo Salvini, do partido de direita e ultra-nacionalista Liga.

          Ele é acusado de sequestro, abuso de poder,  e prisão ilegal, na questão judicial que ficou conhecida como "Caso Diciotti", quando na marra impedira o desembarque na Itália de 177 imigrantes resgatados no mar Mediterrâneo.

           A maioria dos integrantes do M5S respondeu que ele não deveria ser processado. Com efeito, graças ao apoio do esquerdizante Movimento Cinco Estrelas foi possível evitar que o chefe da ultra-direitista Liga (antes, Liga do Norte) fosse processado, como determina a legislação. A ideologia que terá predominado no caso foi a da preservação do lider da fascistóide Liga,  para evitar ulteriores complicações jurídicas para um dos sustentáculos da atual coalizão majoritária no parlamento italiano.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

A debandada nos trabalhistas


                                            


         Dentro do Labour - e em cotejo com o partido Conservador - tem sido até maiores as divisões de seus representantes  diante da política oficial do líder Jeremy Corbyn,  contra quem pesam as acusações de antissemitismo e de pouco ou nada fazer para evitar o brexit. Outra imputação de peso contra o líder está "nas maquinações da extrema esquerda".
            Adotando a aloofness (distanciamento)  como uma de suas características mar-cantes, Corbyn desrespeita em muitos aspectos o que um máximo dirigente partidário deva adotar como postura de princípio.  Esse secretivismo tende a despertar suspicácias entre os seus correligionários, eis que essa virtual falta de comunicação entre guia e os seguidores só contribui para estimular múltiplas incerte-zas acerca dos reais propósitos quanto ao eventual (e efetivo) alcance de suas diretivas e da extensão de que propósitos não-enunciados (e, ipso facto, mantidos em segredo) efetivamente  estejam entre os motores de suas iniciativas, que, por considerações que guarda para seu próprio intelecto, não julga seja o caso de inseri-las no seu diálogo com os militantes e, em especial, os próprios deputados.
                  Ao adotar essa estranha postura em quem pretende liderar, intui-se a insegurança de seus deputados, como se o máximo líder Corbyn os deixasse acessar os móveis declarados de sua política, mas não aqueles que o chefe do Labour guardaria debaixo da manga, como cartas que reputa impor-tantes e delicadas demais para partilhá-las, e não só com a militância, mas também com aqueles que supostamente deveriam cerrar fileiras com o capo nas lides parlamentares. Essa excessiva discrição de Corbyn tende a afastá-lo da militância e, em especial, daqueles que são seus coadjuvantes diretos nas lides parlamentares.
                     Tal postura conspiratória do líder não contribui decerto para a aglutinação da bancada, mas em especial tende a ser um facilitador para interpretações por vezes estranhas, e até mesmo absurdas das suas reais motivações na avaliação e na implementação parlamentar de seus escopos políticos.
                        Há vários estilos de liderança, mas não creio que para a implementação de diretrizes político-partidárias se possa considerar o esoterismo como válido e prático meio de influenciar os respectivos militantes, sobretudo aqueles de que, por condições práticas da política, dele esperam explicações e sobretudo aclarações válidas quanto ao alcance e escopo da eventual atuação parlamentar em termos de política, tanto aqueles atos de efeito imediato, quanto outros supostamente mediatos.
                          Essa escassa permeabilidade do líder pode ser componente eventual em orientações de cunho messiânico, mas dificilmente se compatibiliza com o dia-a-dia da política partidária, e ainda mais com determinações que pelo próprio obscurantismo tende a levantar dúvidas e incertezas no que concerne  aos seus reais objetivos.
                           Tudo isso tende a criar para Jeremy Corbyn muitas suspeitas quanto aos eventuais escopos que perseguiria, muito além da Taprobana habitual de outros líderes partidários.
                              Dessarte, um resultado palpável dessa falta de diálogo está na saída do maior partido de oposição no Reino Unido de sete parlamentares trabalhistas, em protesto contra o líder Jeremy Corbyn, que é acusado de antissemitismo e de pouco empenhar-se para que se evite o brexit.  Nesse sentido, o grupo acoima o atual líder de haver "sequestrado o partido pela política de maquinações  da extrema esquerda".
                                 Também a insatisfação dos deputados trabalhistas se exacerba com a virtual negativa de Corbyn de encetar um combate efetivo contra o antissemitismo.
                                  Como já foi assinalado, cresce no povo inglês o movimento pela realização de um segundo referendo sobre a separação do Reino Unido da União Europeia. Tal convicção se deve às circunstâncias estivais que estimularam o menor afluxo ao primeiro referendo de 2016 - que favoreceu aos irredentistas e saudosistas do império, quando a Grã-Bretanha era a grande potência com as suas extensas posses  coloniais e a hegemonia na marinha de guerra.  Outro fator determinante na vitória do chamado brexit  estival (a despeito dos fracos percentuais que o caracterizaram) foi a inépcia da então liderança conservadora de David Cameron (e a própria relativa indi-ferença do inescrutável Corbyn). Quanto ao malogro de Cameron, seria ela determinante para o seu definitivo afastamento de Downing Street 10.  É de crer-se que a mediocridade da então escolhida  Secretária do Interior, Theresa May, compõe o melancólico quadro que tudo indica levará a uma saída ruinosa do Reino Unido do Mercado Comum.  

( Fontes: Luis de Camões, O Estado de S, Paulo )

Alta participação no referendo da nova Constituição de Cuba


           
     Segundo despacho de Havana, cerca de 74% dos oito milhões de eleitores compareceram às urnas até às catorze horas, o que faz presumir um número ainda superior de votantes, até o fechamento das urnas. Os cubanos registraram os próprios votos sobre a nova Constituição que substituirá a de 1976.

       Observadores locais e estrangeiros disseram esperar que entre 70% e 80% dos eleitores devem ratificar a nova Constituição. Também se espera mais votos no "Não" do que em 1976, quando a Carta foi aprovada por 97,8% de eleitores.

         A maior parte de votos negativos deve ocorrer, porque ao contrário de sufrágios anteriores, a oposição ao regime cubano não pediu a anulação ou abstenção, mas sim o voto  pelo "não".

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Reunião de Kim e Trump, no Viet-nam.


                                  
         O  trem blindado do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, atravessou a 24 de fevereiro a China, a caminho do Viet-nam, onde se realizará a segunda reunião com o presidente americano Donald Trump, nesta quarta e quinta-feira.

           O líder norte-coreano  vai acompanhado de seu braço direito, o general Kim Yong-chol, que se reunira com Trump na Casa Branca em janeiro último, assim como por outros dirigentes da Coréia do Norte.
            Kim deve chegar entre hoje, 25, e amanhã, a Hanoi.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Ameaça de Putin - uma Farsa ?


                                            
       O secretário-de-Estado Mike Pompeo afirmou a 24 do corrente que a ameaça do Presidente da Federação Russa, Vladimir V. Putin, de enviar novos mísseis para capitais ocidentais é uma farsa, que tem o objetivo de criar atrito entre Washington e seus aliados.
         Em entrevista à CNN,  Pompeo declarou que os comentários de Putin eram "ameaças vazias", eis que o líder russo desejaria desviar atenções das violações de Moscou ao tratado bilateral sobre mísseis de médio alcance.
         Não se ignora  que o desarmamento instaurado pela détente entre a URSS de Gorbachev e os Estados Unidos de Ronald Reagan, com a suspensão da possibilidade de  emprego de mísseis de médio alcance entre as duas grandes potências,  passou a ser desrespeitado em especial pela Rússia, já na presente fase de tentativa de reafirmação de parte de Moscou.  

( Fonte: O Estado de S. Paulo)

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Na primeira tentativa vence Maduro, mas por pontos


                     
         O Ditador Maduro prevaleceu contra a esperança de Juan Guaidós e as fanfarronadas de Trump.
          Apesar de muitas, mas não multitudinárias,  deserções de soldados e de oficiais de baixa patente - sessenta, segundo a agência migratória colombiana - as Forças Armadas da Venezuela se mantiveram coesas e agiram com força e violência.
   
          No dia anterior, deputados venezuelanos exilados afirmavam que uma tsunami  de pessoas iria abrir caminho para o comboio humanitário. "Nós vamos atravessar, acredite, haverá tanta gente, tanto povo, que os soldados não impedirão nossa passagem", dizia a deputada Gaby Arellano.

            A tsunami não aconteceu.

            Quanto ao "rompimento de relações" proclamado por Maduro com a Colômbia,  a vice colombiana, Marta Lucia Rodriguez disse em resposta: "Maduro não pode romper relações diplomáticas que a Colômbia não tem com ele".
  
           As esperanças que tinha o presidente interino Juan Guaidós de fazer passar a ajuda com os caminhões no grito, o vento também levou.  A mostra de coragem foi haver passado a fronteira, a despeito de estar proibido de deixar o país pela caudatária Corte Suprema de Justiça.


( Fonte: Folha de S. Paulo )

A Igreja e a pedofilia


                                      

         Deverá encetar-se com um discurso de Papa Francisco dirigido ao  Sínodo de Bispos, com a participação de 190 prelados, inclusive 114 presidentes de conferências episcopais nacionais, a nova fase  da Igreja no que tange ao flagelo da pedofilia..

           A conscientização progressiva de Papa Francisco sobre a gravidade da questão na Igreja crescera inclusive com evidências de abusos no episcopado chileno, o que levou Sua Santidade a rever sua postura inicial acerca desse problema, que no passado merecera atenção perfunctória,  beirando a displicência das autoridades eclesiásticas.

            Espera-se, por conseguinte, que a oração do Santo Padre venha a criar condições para que essa gravíssima questão receba toda a atenção, máxime na adoção de medidas que sejam compatíveis  não só com a gravidade dos nefandos atos cometidos,, mas também venham a constituir a base para as indispensáveis condições para que tal grave problema seja erradicado  e para sempre, na Igreja Católica.

            Para tanto impõem-se não posturas, mas sim medidas severas que venham a punir com toda a força da lei os responsáveis pelos abusos, eis que só a severa  responsabilização dos faltosos levará a erradicar para sempre a sistemática negligência, que muita vez criara condições entre eclesiásticos e religiosos para essa danosa atmosfera conducente a tantos abusos, para não falar de crimes nefandos.

( Fonte: Folha de S. Paulo )

Witzel quer despoluir da Baía


                      
         Em reunião com o  Ministro da Economia, Paulo Guedes, o governador do Rio, Wilson Witzel, pediu a ajuda da União para obter empréstimo de R$ 1 bilhão do BID com a finalidade de despoluir a Baía da Guanabara.
            Com efeito, como assinala a reportagem de O Globo, depois de absorver programas bilionários, ela continua recebendo muito esgoto e lixo. Quanto à sua atual condição  - que muito a diferencia daquela - de condição quase pristina - que conheci nos passeios de lancha realizados por meu tio Adolpho Bloch, como já referi nas cibernéticas páginas do blog - e de acordo com o governador Witzel,  o estado se comprometeu a cumprir metas do Regime de Recuperação Fiscal para obter o aval do governo federal a um empréstimo de US$ 260 milhões,  junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

            Consoante declarou a O Globo o governador "há uma série de metas exigidas pelo Conselho de Supervisão que a antiga gestão não estava cumprindo". E, nesse sentido, acrescentou o Governa-dor Witzel: "Temos até o dia 20 de março para apresentar as propostas de adequação e, dessa forma, viabilizar o empréstimo."

             Quais são os riscos do projeto em tela?  Basicamente, repetir os procedimentos anteriores. Como oceanógrafo e professor da Uerj, David Zee elogia a iniciativa do governador, mas faz um alerta. Segundo Zee, se os recursos  forem investidos em engenharia tradicional, é grande o risco de fracasso.

               "Os demais programas não tiveram êxito. Espero que tenham aprendido com o insucesso.  Os métodos ortodoxos de engenharia sanitária funcionam em cidades organizadas, que não é a realidade da bacia drenante da Baía de Guanabara, onde existem muitas favelas e cidades formais semiacabadas, além de extensas áreas planas onde a condução do esgoto tem que ser feita por meio de elevatórias. A construção da rede de saneamento e elevatórias é de difícil operação, porque em muitas áreas as equipes não podem entrar porque falta segurança. Precisamos inovar, desenvolver outras estratégias - soluções híbridas, como as Unidades de Tratamento de Rios - UTRs,  verdadeiros filtros que drenam extensas áreas populosas,e acoplá-las à engenharia tradicional. As palavras chave são exequibilidade e resultado."    

                  Por sua vez, dentro do caleidoscópio dos pareceres dos técnicos, Paulo Canedo, professor da Coppe /UFRJ, sublinhou que as intervenções devem ser realizadas nos rios e não diretamente na Baía:  "É preciso se preocupar com as regiões habitadas pelo ser humano, que são banhadas pelos rios e levam as águas usadas pela população local. Eu faria um investimento forte no saneamento dos municípios que estão no entorno da Baía, principalmente na Baixada e na cidade do Rio de Janeiro. Como consequência, as águas na Baía ficarão limpas.Isso significa que não estou almejando, em primeira instância, despoluir a Baía,mas onde o problema tem início."


( Fonte: O Globo )

sábado, 23 de fevereiro de 2019

O Desgoverno da May


                                            


        Ao afirmar a sua 'resoluta' disposição de sair de qualquer maneira (crash out) da União Europeia pelo brexit  de  29 de março  a Primeira Ministra Theresa May dá um toque adicional à própria irresponsabilidade governamental.

           Vendo tanta falta de juízo e ponderação de parte de alguém que o destino colocara à frente dos negócios do Reino Unido, três ministros de seu gabinete - que ocupam postos sênior na hierarquia do Partido Conservador - vieram a público para afirmar que eles apoiam as negociações parlamentares para lograr a prorrogação (prevista pelo art. 50) de modo a impedir que a Grã-Bretanha deixe a União Europeia sem um acordo de garantias, como é o plano de Theresa May.
           Em um desordenado ir e vir através do Canal da Mancha, nos fins de semana, até o presente a May nada conseguiu em termos de acordo de garantias, Não obstante está determinada a seguir em frente, dizendo-se disposta a que o Reino Unido saia do Tratado da União Europeia, sem quaisquer direitos que o habilitem a enfrentar os efeitos negativos de um brexit não-negociado,  após  todo o desenvolvimento (e consequente malogro) dos necessários esforços para assegurar um retorno não-demasiado acidentado para a sua iminente nova condição de não-membro da U.E.

            Para a tríade de ministros conservadores - Amber Rudd, David Gauke e Greg Clarke -  tal "solução" seria justamente a segurança de um  Reino Unido mais pobre,  com sérios problemas como o backstop irlandês - o ajuste aduaneiro que permite a coexistência de uma Irlanda membro da U.E.  com  uma outra Irlanda, esta protestante,e parte de um país não-comunitário - e que tudo leva a crer não poderia mais subsistir, pois o que facilitara esse arreglo entre um território não-comunitário e outro que faz parte da CE não teria mais condições políticas de perdurar, eis que o membro determi- nante desse jeitinho não mais seria membro da UE, e por conseguinte, desaparecem as condições políticas para que tal "arreglo" possa perdurar, ao afastar-se o Reino Unido - como tudo semelha assim predispor  - dos salões da sede da Comunidade Europeia em Bruxelas.

              Talvez seja uma indicação decerto inquietante da revigorada decadência do Reino Unido esta obstinação da May de adotar a "solução" que tudo mais vá para o inferno, dentro da filosofia de ruptura do citado art. 50. É isto justamente o que preocupa e inquieta a tríade de ministros com a provada incompetência de Theresa May diante de um desafio toynbeeano. Não é, decerto, a melhor maneira de "resolver" esse tipo de desafio, agir como se ele, na prática, não existisse.

( Fontes: CNN , Arnold Toynbee)